sábado, 26 de janeiro de 2008

O AUTO-CONHECIMENTO

"Nós temos que compreender o fato de que o controlador é o controlado. O pensamento criou o pensador separado do pensamento que então diz: "Eu devo controlar". Assim, quando vocês percebem que o controlador é o controlado, vocês eliminam totalmente o conflito. O conflito só existe quando há divisão. Nossa vida está em conflito porque nós vivemos com essa divisão. Mas essa divisão é falaciosa, não é real; ela tornou-se um hábito nosso, uma cultura nossa."
"Assim, quando percebemos esse fato (que o pensador é o pensamento) então todo o modelo do nosso pensamento sofre uma mudança radical e não há nenhum conflito. Essa mudança é absolutamente necessária se estamos meditando porque a meditação exige uma mente altamente compassiva e, portanto, altamente inteligente, com uma inteligência que nasce do amor, não do pensamento astucioso."


FONTE: J.krishnamurti em "A Rede do Pensamento" (Editora Cultrix)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

MATEMÁTICA: A MAGIA DOS NÚMEROS

Números que só tenham o algarismo "1",quando elevados ao quadrado,dão o seguinte resultado:

(1112) x (1112) = 12321
(11112) x (11112) = 1234321
(111112) x (111112) = 123454321
(1111112) x (1111112) = 12345654321
(11111112) x (1111112) = 1234567654321


Veja agora estas "árvores" matemáticas:




1 x 9 + 2 = 11
12 x 9 + 3 = 111
123 x 9 + 4 = 1111
1234 x 9 + 5 = 11111
12345 x 9 + 6 = 111111
123456 x 9 + 7 = 1111111
1234567 x 9 + 8 = 11111111
12345678 x 9 + 9 = 111111111

1 x 8 + 1 = 9
12 x 8 + 2 = 98
123 x 8 + 3 = 987
1234 x 8 + 4 = 9876
12345 x 8 + 5 = 98765
123456 x 8 + 6 = 987654
1234567 x 8 + 7 = 9876543
12345678 x 8 + 8 = 98765432
123456789 x 8 + 9 = 987654321

1 x 9 + 2 = 11
12 x 9 + 3 = 111
123 x 9 + 4 = 1111
1234 x 9 + 5 = 11111
12345 x 9 + 6 = 111111
123456 x 9 + 7 = 1111111
1234567 x 9 + 8 = 11111111
12345678 x 9 + 9 = 111111111

1 x 8 + 1 = 9
12 x 8 + 2 = 98
123 x 8 + 3 = 987
1234 x 8 + 4 = 9876
12345 x 8 + 5 = 98765
123456 x 8 + 6 = 987654
1234567 x 8 + 7 = 9876543
12345678 x 8 + 8 = 98765432
123456789 x 8 + 9 = 987654321

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

AVICENA, UM ILUMINADO: MÉDICO DE ALMAS

É impressionante a trajetória deste ser humano, cuja herança é de fundamental importância para o Pensamento Universal. Fico imaginando esse camarada com um computador na mão...



AVICENA


Abu Ali al-Hussayn ibn Abd-Allah ibn Sina, em persa
ابوعلى سينا/پورسينا e árabe ابن سينا, (Bucara, 980Hamadã, 1037) foi um filósofo e médico persa conhecido no Ocidente como Avicena.

Sua cultura foi enciclopédica. Suas obras sobre medicina ainda eram reimpressas no século XVII. Além de gramática, geometria, física, jurisprudência e teologia, estudou profundamente a filosofia platônica e aristotélica. Uma das suas principais descobertas foi a Capilaridade, sendo que a teoria desenvolvida por ele possibilitou a movimentação de fluidos sem a necessidade de impulsão mecânica, facilitando a hidráulica e trazendo benefícios perceptíveis até hoje (a destilação de substâncias químicas, por exemplo).
A produção de comentários sobre a filosofia grega se manteve, em Bizâncio, durante séculos, o que garantiu a preservação de grande parte da obra de Aristóteles. De lá, a tradição aristotélica passou ao mundo árabe, onde floresceu mesclada ao neoplatonismo - retornando, posteriormente, à Europa.
Avicena foi maior filósofo islâmico do período. Elaborou um vasto sistema filosófico, continuando a tradição aristotélico-platônica de Alkindi e Al-Farabi, este último o mais antigo e conhecido entre os filósofos islâmicos do século X.
Pressupondo a unidade da filosofia, Avicena procurou conciliar as doutrinas de Platão e Aristóteles. Utilizou-se, das idéias aristotélicas para provar a existência de Deus, alegando que, Nele, existência e essência são iguais: Deus é igual à sua essência e fonte do ser de outras coisas.
Avicena considerava o universo formado por três ordens: o mundo terrestre, o mundo celeste e Deus. Do mundo terrestre, a inteligência, através de uma intuição mística, estabelece contato com o mundo celeste. Deus, além de ser ato puro e o Primeiro Motor (como no pensamento de Aristóteles), representa o Ser necessário, cuja essência se equipara à sua própria existência e que constitui a base de todas as possibilidades.
Sua influência no Oriente não foi duradoura devido à oposição dos teólogos ortodoxos. No Ocidente, contudo, Avicena foi decisivo para a difusão do pensamento de Aristóteles nos séculos XII e XIII, tendo influenciado filósofos posteriores, como Duns Escoto, Alberto Magno e Tomás de Aquino, que nutriam grande admiração por ele.

BIOGRAFIA COMPLETA:

"Como ocorre com outros personagens preeminentes da história, querer restringir Avicena apenas a uma faceta de filósofo seria injusto. Ele era médico, filósofo, matemático, astrólogo, alquimista, poeta, músico, físico, astrônomo, político e místico. Sua ânsia de saber não tinha limites.

Por isso, a palavra que melhor o define é, tal como lhe chamavam seus contemporâneos,
al-Shaij al-Rais (o primeiro dos sábios).

Avicena nasceu em Afshana (fronteira com o Afeganistão), perto do Distrito de Jarmaitan, onde seu pai chegou a ser prefeito da Aldeia; ele era filho de Abdallah, funcionário originário da cidade de Balja, e de Sitora, filha de um humilde camponês de Afshana. Ao nascer, sua família mudou-se para Bujara, segundo a biografia deixada escrita por seu mais fiel discípulo, Abu Obaid Yuzyani.
Em Bujara, passou sua infância demonstrando suas excepcionais e precoces aptidões intelectuais. Aos dez anos, recitava o Alcorão, entre outros textos. Aos dezesseis anos, já ensinava medicina e atendia aos enfermos; além disso, discutia com renomados professores de lógica, física, geometria, cálculo e jurisprudência, superando-os em muito.
Passava todo o dia e grande parte da noite estudando fervorosamente cada uma das ciências e cada uma das partes da filosofia. Analisava com detalhes as bases de cada problema ou questão e não desistia em seu empenho até que a solução estivesse indiscutível. Nem o sono ou a fadiga conseguiam quebrar sua firme vontade de estudar. Se alguma dificuldade chegava até ele como um muro inquebrantável, ele ia até a Mesquita e ali orava ao Criador para que facilitasse seu trabalho. Em seguida, regressava à casa e voltava com mais força à tarefa que o estava incomodando e, no cansaço, dormia, e nos seus sonhos vinha precisamente a solução desejada ao seu problema.
Naquele tempo, sua fama de médico foi tal que chegou aos ouvidos de uma autoridade de Bujara, Nuh ibn Mansur. Numa ocasião em que este se achava doente e seus médicos não conseguiam curá-lo, chamaram Avicena, que finalmente o conseguiu. Foi assim que ele entrou em contato com as autoridades locais e estas lhe permitiram ter acesso a uma fabulosa biblioteca que era conhecida como o “Santuário da Sabedoria”. Sua ânsia de saber, sua prodigiosa memória, sua perseverança e suas qualidades habilmente trabalhadas dia a dia, permitiram à Avicena tirar um proveito enorme do caudal de conhecimentos contidos naqueles volumes.
Conta Yuzyani que aos dezenove anos estava Avicena tão familiarizado com a medicina, a jurisprudência, a filosofia, a lógica, a física, a matemática, a astronomia, a música e a outras disciplinas, que não se encontrava ninguém que pudesse igualar-se a ele.
Avicena deixou escrito na biografia que ditou a seu fiel discípulo Yuzyani, que daquela época data tudo que sabia sobre lógica, física e matemática, de tal maneira que, ao longo de sua vida, limitou-se somente a explicar e desenvolver os conhecimentos adquiridos com este hábito de estudo. Até então, seu conhecimento devia-se à memória, mas posteriormente seu espírito se fez mais maduro. Apesar disso, seu saber era o mesmo. Havia ganhado em consciência, não em conhecimentos.
Verdadeiramente a memória de Avicena era algo surpreendente. Quando foi queimada a monumental biblioteca de Bujara as pessoas se consolavam dizendo: “O Santuário da Sabedoria não pereceu; transferiu-se para o cérebro de Al-Shaij al-Rais”.
É lógico compreender que Avicena não passou desapercebido entre as pessoas do seu tempo. Ele era comparado com o poeta Firdusi e com o astrólogo al-Farabi (pai da filosofia muçulmana), de quem o consideravam sucessor. O certo é que Avicena marcou uma época de ouro dentro da cultura do Islã.
Nasceu no século IV da Égira, tempo da emigração muçulmana, época de grande riqueza que se reflete em suas obras. Podemos observar a busca de conhecimentos e o afã por compreender a natureza e o homem que permanece como exemplo da vida intelectual do seu tempo. O “Kalam”, escola de interpretação do Alcorão, constituía-se como ciência, encabeçada por Ashari. Por sua vez, a mística abria novos caminhos para a união com Deus, deixando para trás a fase do ascetismo. Se durante os séculos II e III da emigração dos muçulmanos eles se ocuparam em traduzir e assimilar as ciências estrangeiras (fundamentalmente textos gregos), foi no século seguinte que floresceu sua filosofia, uma forma própria de entender o mundo.
Dentre todos os filósofos muçulmanos, Avicena destaca-se por sua profundidade e amplitude. É o “filósofo do Islã” por antonomásia.
Tinha Avicena 21 anos quando escreveu sua primeira obra. Tratava-se de uma enciclopédia científica que abarcava todas as ciências (exceto a matemática) intitulada Madmu (compêndio).
A fama de escritor de Avicena começou a se espalhar pelas proximidades; vivia ali um famoso filósofo e asceta chamado Abu-Bakr al-Baraqui, que lhe pediu que escrevesse para ele duas obras. Assim, surgiu uma obra científica intitulada “Al-hasil wa’lmahsul”, O sentido e a essência, de quase vinte fascículos, e o livro “Albirr wa’lism”, O bem e o mal.
Disse Yuzyani que al-Baraqui conservava estes dois livros em sua casa como o mais apreciado tesouro e nem sequer os emprestava a alguém para copiá-los.
Avicena abandonou Bujara quando morreu seu pai e, em vista da precária situação política provocada pelo poderoso sultão Mahmud de Ghazna, mudou-se para Gorgandsh, capital de Juarezm (atual Turkmenistão).
O primeiro ministro de Juarezm, Abul Hosain al-Sohaili, era um apaixonado pelas ciências. O emir Alí ibn Maamun havia reunido em sua corte um grupo de sábios, entre eles o célebre al-Biruni, Abu Jeir el Jammar. Avicena apresentou-se ao Emir vestido como um jurisconsulto: um chale (tailasan) e um turbante enrolado na cabeça. Deram-lhe um salário mensal, e foi assim que entrou para o serviço do Emir de Juarezm.
Por causa da rivalidade entre os príncipes, Avicena teve que abandonar a hospitalidade do emir de Gorgandsh em pouco tempo, quando o sultão Mahmud de Ghazna exigiu que fossem transferidos para a sua corte todos os homens de ciência reunidos na cidade de Gorgandsh. O Emir Alí ibn Maamum teve que submeter-se ao desejo de seu poderoso vizinho, e Avicena, acompanhado por Abu Sahl, o cristão, iria para Gorgan (ao sudeste do mar Cáspio).
Tem início, então, para Avicena, uma circunavegação de cidade em cidade, passando por um sem-fim de aventuras e calamidades até encontrar um lugar onde ensinar e desenvolver seu ministério. Chega aos confins de Jorasán, atravessa o deserto de Karakum, passando por Nissa, Baverd, Tus, Chaqan, Samangan e Yuryan, até chegar a Gorgan.
No caminho, morre seu companheiro Abu Sahl, o cristão. Toda essa odisséia tem como objetivo apresentar-se diante do Emir Qabus ibn Vaschmgir; mas acontece que, durante esse tempo, morreu o Emir na fortaleza onde havia sido detido e encarcerado. Ademais, os contratempos sucedem-se; na marcha para Dihistán, cai gravemente enfermo, devendo regressar de novo a Gorgan.
Em Gorgan, conhece quem vai ser até a sua morte o seu mais fiel discípulo e biógrafo: Abu-Obaid Allah Yuzyani. Avicena tinha então 32 anos.
Durante dois anos dedica-se a ler e escrever. Termina uma obra intitulada “Al Mabdaa Wal-Moad” (O princípio e o repetido) e inicia uma de suas principais obras: “Al-Qanum” (O Preceito de Medicina). Essa obra consagrou Avicena como médico junto aos maiores doutores de todos os tempos. Não é em vão que lembramos dele como o “príncipe da medicina”. Em uma gravação da época, ele está representado sentado em um trono e coroado junto a Hipócrates e Galeno.
O Preceito de Medicina de Avicena é, como indica sua etimologia, uma regra ou compêndio. Não é considerado como uma enciclopédia, mas uma síntese do saber médico herdado pelo Islã, desde a medicina grega, através da escola de Jundishapur, assim como a medicina ayurvédica (baseada na naturopatia e na homeopatia) que ibn Duhn e Mankah transmitiram do sistema tradicional da Índia, no período da dinastia de califas árabes, até as obras de al-Tabari e seu sucessor al-Razi, ou mesmo o formulário de al-Kindi, passando por ibn Kalbah, que havia estudado na escola nestoriana e o judeu persa Masarjawaih, que traduziu a versão árabe das “Pandectas” de Ahrón.
Um dos traços mais notáveis desta obra é a amplitude e universalidade com que foi concebida. Por isso, não é de se estranhar que, após tradução para o latim pelo italiano Gerardo de Cremona, um século depois de sua aparição, tenha adquirido tanta popularidade que, nos últimos trinta anos do século XV, tenha sido editada dezesseis vezes e mais de vinte no século XVI. Até metade do século XVII, era consultada regularmente pelos universitários de todo o mundo e seguiu sendo fonte de estudo nas principais universidades da Europa.
Tendo que abandonar a cidade de Gorgan, Avicena seguiu para Rayy, ao sudoeste de Teerã (Irã), capital do emir Magdodawlah, a quem curou de uma enfermidade.
Em 1014 (ano 450 da emigração muçulmana) estabeleceu-se em Hamadán. Avicena era, naquela época, um médico famoso e foi chamado para atender o Emir de Hamadán, Shamsodawlah. Aqui começa sua etapa política: o Emir dá-lhe o título de primeiro ministro. Pela primeira vez, Avicena tem a oportunidade de transformar seu ideal filosófico em um ideal político e passará da teoria à prática.
Como ocorreu com Platão e Confúcio, tenta aplicar seus conhecimentos ao serviço público em benefício da comunidade com um claro fim pedagógico.
Avicena transmite, tanto na medicina como na política, um único fim: “fazer que os homens sejam melhores e mais felizes, aplicando normas estabelecidas de justiça e direito”.
Evidentemente, seu trabalho lhe traz muitos inimigos. Como ele mesmo deixou escrito em uma de suas obras: “Se não houvesse deixado sinal algum no coração dos homens, não teriam se ocupado comigo. Não estariam nem a favor nem contra mim.”
Cai em desgraça ante os olhos do Emir por causa de um motim que tramam contra ele os oficiais do exército. Eles pedem sua cabeça e Avicena é encarcerado; mas escapa e esconde-se durante quarenta dias até que finalmente prova sua inocência e recobra seu posto de Grão-vizir; durante seis anos, leva uma vida mais ou menos estável, que aproveita para realizar sua monumental obra: “Kitab al-Shifa” (O livro das curas).
O título desta obra explica sua intenção humanista e filosófica, porque se o Preceito estava destinado à cura do corpo, Al-Shifa pretende curar a alma, para que os homens sejam moralmente fortes e nobres.
Al-Shifa foi a primeira enciclopédia do saber na Europa. É a obra de recompilação e investigação mais ambiciosa de quantas haviam sido escritas até aquele momento.
Despertava antes da alvorada para redigir sua obra a um ritmo de quase cinqüenta páginas diárias e recebia seus discípulos ao amanhecer para instruí-los antes de conduzi-los para a oração. Por causa das muitas viagens que tinha que realizar, demorou dez anos para terminar sua obra. Há que se destacar que grande parte dos fatos foram contados de memória, sem consultar livro algum.
A obra consta de quatro partes: lógica, física, matemática e metafísica. Nela estão expostas idéias de Platão, Aristóteles, Plotino, Zenón e Crisipo, entre outros, unificadas pelo estilo próprio do autor. A intenção de Avicena era expor em um livro o fruto das ciências dos antigos, dos filósofos clássicos. Não era um simples comentário de Aristóteles, e sim um compêndio da sabedoria que havia perdurado até então. Como definiu recentemente um dos comentaristas de sua obra, Al-Shifa é “o universo em um livro”.
Devido à vasta extensão (dezoito volumes) desta enciclopédica obra, escreveu posteriormente “Al-Nayat” (a Salvação), que é um resumo do “Shifa”.
Através destas obras e de muitas outras, Avicena expressou sua filosofia, fruto de uma parte do pensamento dos clássicos neoplatônicos, assim como da influência de seu antecessor al-Farabi e sua assimilação pessoal da filosofia.
Há que se destacar o papel fundamental da obra de al-Farabi em Avicena, como intermediário entre o pensamento de Aristóteles e o Islã. De alguma maneira, a obra de al-Farabi parece-nos como a primeira etapa de um caminho destinado a ser completado e levado adiante por Avicena.
Foi daí que seus difamadores o consideraram como um filósofo pouco inovador, como um compilador. Acusaram a sua filosofia de falta de originalidade e de ser uma repetição da obra de al-Farabi. Mas ele não pretendia uma filosofia que fosse nova ou velha: seu pensamento refletia a sabedoria atemporal resgatada para o mundo muçulmano.
Entretanto, esta não foi a crítica mais importante que recebeu Avicena. Os teólogos islâmicos mais dogmáticos, como Fajr al-Din Razi e alguns filósofos religiosos como al-Gazali (Algacel), definiam sua obra como de heresia e ateísmo.
Na realidade, na obra de Avicena existe uma perfeita síntese entre mística e filosofia, que é comum à tradição esotérica. Depois de encontrar-se com o místico Abu Said Abu Jevi, o sábio disse: “Tudo o que ele vê, eu sei”. Querendo ilustrar o pensamento de Avicena, Abu Said lhe contestou: “Tudo o que Abu Ali sabe, eu vejo”.
Em 1021 (ano 412 da emigração muçulmana), morre seu mecenas, o Emir Shamsodawlah, e uma vez mais as intrigas políticas agitam a vida do grande filósofo. Temeroso da grandeza de Avicena e movido pela inveja, o filho do Emir falecido nega-se a reconhecer no sábio suas funções de vizir. Furioso, Avicena abandona a corte e esconde-se na casa de um amigo. Desde então, começa um contato por correspondência com o Emir vizinho de Ispahán, Alaodawlah, prevendo sua saída do país.
Infelizmente, o novo emir de Hamadán, Samaodawlah, intercepta uma carta secreta de Avicena. Imediatamente, o sábio é detido e encarcerado na prisão junto com o seu discípulo Yuzyani. Durante quatro meses, Avicena permanece preso na fortaleza de Fardayán. Durante esse tempo escreve vários relatos e ensaios científicos: "Havy ibn Yakzán” (O filho vivo do desperto); “Al-Hidaya” (A conduzida) e fórmulas de remédios para as enfermidades cardíacas.
Por causa de uma guerra entre os dois emires de Hamadán e Ispahán, sai vencedor este último e Avicena é libertado, embora seja obrigado a viver em Hamadán. Como existiam muitos inimigos seus naquele lugar, em 1023 (415 da emigração muçulmana), foge com seu discípulo para Ispahán.
Nesta cidade, passou Avicena as últimas etapas de uma tumultuosa vida errante, sob a proteção do Emir Alaodawlah. A partir de então, só ficava na presença do sábio quem assombrava o Emir por sua sensibilidade, elegância e inteligência. Avicena escreveu para ele uma obra persa intitulada O livro da Ciência. Dedicou-se ao estudo da astronomia e completou, aos cinqüenta anos, o “Shifa”, além de escrever uma obra chamada A língua dos árabes.
Prejudicada sua saúde pelas viagens, privações e a vida inquieta, Avicena morreu no deserto a caminho de Hamadán durante uma campanha bélica. Era o primeiro sábado do mês de Ramadán do ano 428 da emigração muçulmana, agosto de 1037, aos cinqüenta e sete anos.
Conta a tradição que, sabendo-se gravemente enfermo, devolveu a liberdade a seus serviçais e repartiu todos os seus bens com os pobres.
Em seus cinqüenta e sete anos de vida, desenvolveu uma imensa obra literária e filosófica. São atribuídos a ele quatrocentos e cinqüenta e seis livros em árabe e vinte e três em persa. Destes, apenas cento e sessenta chegaram até nós. De alguns, desconhecemos o conteúdo e de outros, apenas temos as referências de autores que comentam a sua obra, como O pássaro e o Tratado do amor.
Também escreveu muitas poesias, criando inclusive um gênero novo com estrofes persas de quatro versos de inspiração filosófica. Neste gênero o astrônomo e matemático persa Omar Khayyam considerava-se discípulo de Avicena."

FONTE: Alberto Granero

O PARADOXO DE EPR

Tudo indica que, até a concepção de uma única teoria combinando relatividade e mecânica quântica, não se terá a mais pequena ideia se tal especulação é ou não absurda. Tem sido sugerido que a teleportação quântica ou o paradoxo de EPR poderão ser utilizados para comunicações transmitidas a velocidades superiores à da luz. No entanto, estas experiências são apenas novos métodos de transmitir informação quântica, e não permitem transmitir informação clássica. A confusão entre as duas formas de informação tem sido espalhada pela cobertura jornalística das experiências de teleportação e não tem fundamento.



Na mecânica quântica, o paradoxo EPR ou Paradoxo de Einstein-Podolsky-Rosen é um experimento mental que demonstra que o resultado de uma medição realizada em uma parte do sistema quântico pode ter um efeito instantâneo no resultado de uma medição realizada em outra parte, independentemente da distância que separa as duas partes. Isto vem contra aos princípios da relatividade especial, que estabelece que a informação não pode ser transmitida mais rápida que a velocidade da luz. "EPR" vem das iniciais de Albert Einstein, Boris Podolsky, e Nathan Rosen, que apresentaram este experimento mental em um trabalho em 1935 que buscava demonstrar que a mecânica quântica não é um teoria física completa. É algumas vezes denominado como paradoxo EPRB devido a David Bohm, que converteu o experimento mental inicial em algo próximo a um experimento viável.
O EPR é um paradoxo no seguinte sentido: se se tomar a mecânica quântica e a ela adicionar uma condição aparentemente razoável (tal como "localidade", "realismo" ou "inteireza"), obtém-se uma contradição. Porém, a mecânica quântica por si só não apresenta nenhuma inconsistência interna, nem — como isto poderia sugerir — contradiz a teoria relativística. Como um resultado de desenvolvimentos teóricos e experimentais seguintes ao trabalho original da EPR, a maioria dos físicos atuais concorda que o paradoxo EPR é um exemplo de como a mecânica quântica viola o ponto de vista esperado na clássica, e não como uma indicação de que a mecânica quântica seja falha e sim inaplicável ao meio.

O paradoxo EPR apóia-se em um fenômeno predito pela mecânica quântica e conhecido como entrelaçamento quântico, que mostra que medições realizadas em partes separadas de um sistema quântico influenciam-se mutuamente. Este efeito é atualmente conhecido como "comportamento não local" (ou, coloquialmente, como "estranheza quântica").

Variáveis ocultas

Há vários possíveis caminhos para se resolver o paradoxo EPR. Um deles, sugerido por EPR, é que a mecânica quântica, a despeito do seu sucesso em uma ampla variedade de contextos experimentais, é ainda uma teoria incompleta. Em outras palavras, há ainda uma teoria natural a ser desvendada, à qual a mecânica quântica age no papel de uma aproximação estatística (uma excelente aproximação, sem dúvida). Diferente da mecânica quântica, esta teoria mais completa conteria variáveis correspondentes a todos os "elementos da realidade". Deve haver algum mecanismo desconhecido atuando nestas variáveis de modo a ocasionar os efeitos observados de "não-comutação dos observáveis quânticos", isto é, o principio da incerteza de Heisenberg. Tal teoria é conhecida como teoria das variáveis ocultas.
Para ilustrar esta idéia, podemos formular uma teoria de variável oculta bem simples para o experimento mental anterior. Supõe-se que o estado do spin singlet emitido pela fonte é na verdade uma descrição aproximada do "verdadeiro" estado físico, com valores definidos para o spin z e o spin x. Neste estado "verdadeiro", o elétron que vai para Bob sempre tem valor de spin oposto ao do elétron que vai para Alice, mas, por outro lado, os valores são completamente aleatórios. Por exemplo, o primeiro par emitido pela fonte poderia ser "(+z, -x) para Alice e (-z, +x) para Bob", o próximo par "(-z, -x) para Alice e (+z, +x) para Bob", e assim por diante. Dessa forma, se o eixo de medição de Bob estiver alinhado com o de Alice, ele necessariamente obterá sempre o oposto daquilo que Alice obtiver; por outro lado, ele terá "+" e "-" com a mesma probabilidade.
Assumindo que restrinjamo-nos a medir nos eixos z e x, a teoria de variáveis ocultas é experimentalmente indistinguível da mecânica quântica. Na realidade, certamente, há um (incontável) número de eixos nos quais Alice e Bob podem realizar suas medições, de forma que haverá infinito número de variáveis ocultas independentes! Contudo, isto não é um problema sério; apenas formulamos uma teoria de variáveis ocultas muito simplista; uma teoria mais sofisticada poderia "consertá-la". Ou seja, ainda há um grande desafio por vir à idéia de variáveis ocultas.

Desigualdade de Bell

Em 1964, John Bell mostrou que as predições da mecânica quântica no experimento mental de EPR são sempre ligeiramente diferentes das predições de uma grande parte das teorias de variáveis ocultas. Grosseiramente falando, a mecânica quântica prediz uma correlação estatística ligeiramente mais forte entre os resultados obtidos em diferentes eixos do que o obtido pelas teorias de variáveis ocultas. Estas diferenças, expressas através de relações de desigualdades conhecidas como "desigualdades de Bell", são em principio detectáveis experimentalmente. Para uma análise mais detalhada deste estudo, veja teorema de Bell.
Depois da publicação do trabalho de Bell, inúmeros experimentos foram idealizados para testar as desigualdades de Bell. (Como mencionado acima, estes experimentos geralmente baseiam-se na medição da polarização de fótons). Todos os experimentos feitos até hoje encontraram comportamento similar às predições obtidas da mecânica quântica padrão.
Porém, este campo ainda não está completamente definido. Antes de mais nada, o teorema de Bell não se aplica a todas as possíveis teorias "realistas". É possível construir uma teoria que escape de suas implicações e que são, portanto, indistinguíveis da mecânica quântica; porém, estas teorias são geralmente não-locais — parecem violar a casualidade e as regras da relatividade especial. Alguns estudiosos neste campo têm tentado formular teorias de variáveis ocultas que exploram brechas nos experimentos atuais, tais como brechas nas hipóteses feitas para a interpretação dos dados experimentais. Todavia, ninguém ainda conseguiu formular uma teoria realista localmente que possa reproduzir todos os resultados da mecânica quântica.

Implicações para a mecânica quântica

A maioria dos físicos atualmente acredita que a mecânica quântica é correta, e que o paradoxo EPR é somente um "paradoxo" porque a intuição clássica não corresponde à realidade física. Várias conclusões diferentes podem ser esboçadas a partir desta, dependendo de qual interpretação de mecânica quântica se use. Na velha interpretação de Copenhague, conclui-se que o principio da localidade não se aplica e que realmente ocorrem colapsos da função de onda.

Na interpretação de muitos mundos, a localidade é preservada, e os efeitos da medição surgem da separação dos observadores em diferentes "históricos".

O paradoxo EPR aprofundou a nossa compreensão da mecânica quântica pela exposição de características não-clássicas do processo de medição. Antes da publicação do paradoxo EPR, uma medição era freqüentemente visualizada como uma perturbação física que afetava diretamente o sistema sob medição. Por exemplo, quando se media a posição de um elétron, imaginava-se o disparo de uma luz nele, que afetava o elétron e que produzia incertezas quanto a sua posição. Tais explicações, que ainda são encontradas em explicações populares de mecânica quântica, foram revisadas pelo paradoxo EPR, o qual mostra que uma "medição" pode ser realizada em uma partícula sem perturbá-la diretamente, pela realização da medição em uma partícula entrelaçada distante.

Tecnologias baseadas no entrelaçamento quântico estão atualmente em desenvolvimento. Na criptografia quântica, partículas entrelaçadas são usadas para transmitir sinais que não podem ser vazados sem deixar traços. Na computação quântica, partículas entrelaçadas são usadas para realizar cálculos em paralelo em computadores, o que permite que certos cálculos sejam realizados mais rápido do que um computador clássico jamais poderia fazer.

MATÉRIA EXÓTICA

Uma das propriedadas mais exóticas da Teoria Quântica, a saber, é a "flutuação do vácuo".

Chamamos de flutuação ou polarização do vácuo ao fenômeno de criação e aniquilação de pares virtuais de partícula-anti-partícula. Tais pares são chamados de virtuais pois são criados e aniquilados com tal rapidez que não podem ser observados em laboratório não importa quão eficiente sejam seus aparelhos. Apesar disso sua ``existência'' se manifesta indiretamente em vários fenômenos. O que nos interessa aqui é que é possível perturbar tal vácuo pela introdução, por exemplo, de placas metálicas no espaço vazio. Como conseqüência o vácuo pode assumir certas propriedades exóticas como DENSIDADE DE ENERGIA NEGATIVA!

Segundo especulações, esta seria uma das condições necessárias para se obter as imaginadas "viagens no tempo".

NOTA: "Em 1948 o físico neerlandês Hendrik B. G. Casimir, dos Laboratórios de Pesquisa Philips, previu que duas placas metálicas paralelas descarregadas são sujeitas a uma força tendente a aproximá-las. Esta força somente é mensurável quando a distância entre as duas placas é extremamente pequena, da ordem de (apenas) vários diâmetros atômicos. Esta atração é chamada o Efeito Casimir. Ela é relacionada à Força de Van der Walls.
O efeito Casimir é causado pelo fato de que o espaço vazio é tomado por flutuações do vácuo, pares de partículas virtuais-antipartículas virtuais que continuamente se formam do nada e tornam ao nada um instante depois. O espaço entre as duas placas restringe o alcance dos comprimentos de onda possíveis para estas partículas virtuais e então poucas delas estão presentes dentro desse espaço. Como resultado, há uma menor densidade de energia entre as duas placas do que no espaço aberto; em essência, há menos partículas entre as placas que do outro lado delas, criando uma diferença de pressão que alguns erroneamente chamam energia negativa mas que realmente não é senão devido a uma maior pressão fora das placas que entre elas, o que as empurra uma contra a outra."


O estudo seguinte discorre magistralmente sobre o assunto:

"
VELOCIDADE DE DOBRA
Matéria Exótica: A Tecnologia Possível para a Velocidade de Dobra

Por Bryce Burchett & Chris C. Stephenson

A velocidade de dobra tem sido por muito tempo um artifício das aventuras de ficção científica. Um Dispositivo mágico "deformando o espaço" e impulsionando as fantásticas naves de filmes e seriados como Jornada nas Estrelas a velocidades muito mais rápidas que a velocidade da luz.
A maioria dos cientistas ridicularizou à idéia de viajar mais rapidamente que a velocidade da luz e consideraram isto como uma impossibilidade absoluta. Estes céticos se fundamentaram em uma teoria cientifica muito poderosa e que, ao longo deste século, tem resistido a todos as provas: A Teoria da Relatividade Especial de Albert Einstein. Um dos conceitos básicos desta teoria é que nenhum objeto físico deste universo pode viajar a uma velocidade maior que a velocidade da luz ou seja, nenhum objeto pode viajar a uma velocidade maior que 300.000 km/s (aproximadamente). Mas, sem dúvida, o conceito mais importante da Teoria da Relatividade é a famosa afirmação da "equivalência entre massa e energia", expressa através da equação E=mc2. Essa fascinante fórmula nos diz que, devido a relatividade, a massa de um corpo aumenta quanto mais rapidamente este se mover. Desse modo, o corpo ganha energia cinética (a energia de movimento) que é diretamente proporcional a massa do corpo e ao quadrado de sua velocidade. Como o aumento da massa acarreta um aumento da energia, fica fácil perceber que a massa está relacionada à energia e, logicamente, a energia a massa. Ambas são equivalentes! Assim, quanto mais um objeto se aproxima da velocidade da luz, mais e mais massa (ou seu equivalente em energia) será necessário para aumentar a velocidade do objeto, crescendo geometricamente de tal modo que no limite da velocidade da luz tende ao infinito.
Para qualquer viajante a bordo de uma nave espacial que viaja perto da velocidade de luz, o tempo fora da nave pareceria passar mais rapidamente, enquanto que para os passageiros dentro da nave o tempo passaria mais lentamente. Este efeito é ilustrado melhor no " Paradoxo dos Gêmeos" onde um gêmeo viaja para uma estrela com velocidade próximo da velocidade da luz e o outro gêmeo permanece na Terra. Quando o gêmeo que estava viajando retorna para a Terra, ele encontra o seu irmão gêmeo muito mais envelhecido, comparado consigo. Esse efeito não usual é conseqüência da "dilatação temporal de Einstein" que acontece com corpos que viajam a velocidades próximas da velocidade da luz.
Assim, a existência de um limite de velocidade define a relação temporal de eventos, em outras palavras, podemos dizer estritamente que define a relação entre causa e efeito. Viajar mais rapidamente que luz, caso fosse possível, poderia resultar em todos os tipos de paradoxos causais; eventos que parecem preceder causas. Um desses paradoxos famosos encontrados na ficção científica diz respeito a possibilidade de voltar no tempo e matar um dos seus pais antes de você ter nascido. Caso isto acontecesse, então você deixaria de existir. Mas se você não existe não poderia ter voltado no tempo e matado seu pai ou sua mãe. Mas se você não matou seu pai ou sua mãe, você não poderia ter deixado de existir!!!
Porém, existe um físico que pensa ter achado um modo para evitar este limite universal de velocidade, que poderá tornar real a possibilidade de uma viagem a "velocidade de dobra", que, mais uma vez, poderá tornar real a ficção científica de hoje. No futuro, o físico mexicano Miguel Alcubierre, que se doutorou na Universidade de Cardiff em Gales, Inglaterra, será reconhecido como o cientista que tornou possível está conquista de nossa ciência. Alcubierre, parece ter achado uma brecha na Teoria de Relatividade Geral de Albert Einstein, que permite este tipo de viagem mais rápido que a velocidade da luz. De acordo com Relatividade Geral, o espaço não é uma entidade estática, além disso, a conjunção espaço e tempo forma uma "estrutura quadridimensional", uma " entidade dinâmica " que pode ser torcida e deformada por concentrações de massa e energia.
De acordo com a teoria de Alcubierre, seria possível gerar uma distorção deste "continuum espaço-tempo", seria possível criar uma dobra espacial, usando algo chamado "massa exótica", na frente e atrás de um objeto que então seria impulsionado a velocidades mais rápidas que luz. Mais especificamente, o "espaço-tempo" na frente do objeto é contraído e se expande atrás dele, criando o " campo de dobra" no qual o objeto poderia viajar semelhantemente a um surfista em uma onda, onde a velocidade local é menor que a velocidade da luz. Mas, globalmente, não existiria nenhum limite de velocidade. A própria astronave necessariamente não estaria acelerando e, portanto, não sofreria nenhuma dilatação temporal.
Matéria exótica é uma forma hipotética de matéria (prevista na Teoria do Universo Inflacionário) que tem uma "densidade de energia negativa". Em outras palavras, cria um tipo de pressão negativa ao seu redor, repelindo a gravidade. (A existência de densidades de energia negativas, foi provado em experiências de laboratório).
De acordo com as equações de Alcubierre, não haveria nenhum dos efeitos de dilatação de tempo experimentados por astronautas que viajam perto de velocidade de luz em espaço normal. E a nave poderia reduzir a velocidade ou acelerar tão rápido quanto seus pilotos desejassem, sem o medo de serem reduzidos à mesma consistência de uma geléia pelas forças inerciais. Os astronautas teriam aceleração zero em relação ao espaço ao redor deles dentro do "campo de dobra". No entanto, lembre-se que tudo isto depende da improvável existência de matéria exótica. Ela pode muito bem não existir. E, caso possa existir, ainda restaria a pergunta: Como se poderia criar e controlar este tipo de matéria?
Estas questões fazem muitos cientistas considerarem a teoria de Alcubierre como nada além de uma abstração matemática interessante, (e certamente não é uma prova absoluta que viagem mais rápido que a luz seja possível). Porém, o fato mais importante aqui é que ATÉ a teoria de Alcubierre, a possibilidade de viagem mais rápido que a luz eram consideradas completamente impossíveis. Agora, uma porta pode ter sido aberta, uma porta suficientemente grande para que o homem e suas futuras naves possam se aventurar na realização de um sonho impossível. Ou seja, superar a velocidade da luz e se aventurar aos confins do Universo. Mas, se realmente esta porta conduz a algum lugar, somente uma outra geração de físicos poderá dizer!
Convém lembrar que, do mesmo modo que pode estar acontecendo com esta nova teoria, muitos dos objetos que hoje fazem parte de nosso dia a dia, já fizeram parte das histórias (ou estórias) de ficção científica. Robôs, computadores, televisão, a educação com o emprego de computadores, a aldeia global, clones, transplantes, a engenharia genética, a exploração do espaço próximo da Terra, estações espaciais, buracos negros, etc... não passavam de ficção para os nossos antepassados. Muitos cientistas no início deste século chegaram a afirmar que era impossível ao homem ir a Lua. No entanto, esta viagem já pode ser realizada com facilidade em nossos dias. Assim, a velocidade de dobra, que para muitos não passava (ou passa) de uma tola ficção, hoje já é aceita por muitos como algo realizável. Como dissemos acima, já existe uma brecha que algum dia poderá tornar estas viagens uma possibilidade real.
Bem, se a nova Teoria de Alcubierre diz que no futuro existe uma possibilidade real da humanidade empreender viagens através do Universo, certamente dentre as várias civilizações mais adiantadas que a nossa que provavelmente devem existir somente em nossa galáxia, algumas já devem ter alcançado um estágio científico capaz de tornar possível a Tecnologia para a Velocidade de Dobra. Assim, é possível que tenham chegado ao nosso planeta e estejam nos estudando. O importante é que a Teoria de Alcubierre, contrariando todos os céticos e seus argumentos, pode tornar os UFOs um acontecimento REAL!"

BURACO NEGRO: UM "RALO" POR ONDE A LUZ ESCOA...

Antes de mais nada, vale a pena apresentar uma esclarecedora abordagem de George E. A. Matsas e Daniel A. T. Vanzella, ao tema "Buraco Negro":


"Nosso sol, assim como toda estrela, é uma gigantesca fornalha queimando combustível nuclear. As reações nucleares presentes nas estrelas geram uma enorme pressão na matéria de dentro para fora. Tal pressão é, entretanto, contrabalançada pela força gravitacional que puxa a matéria de fora para dentro. Enquanto o equilíbrio entre estas forças perdura, a estrela permanece estável. Contudo, com o fim do combustível nuclear, que pode levar até alguns bilhões de anos, a força gravitacional passa a reinar soberana e tem início o colapso da estrela. O colapso de uma estrela é suficientemente rico em fenômenos para merecer toda uma discussão à parte, mas muito longa para ser incluída aqui. Para os nossos propósitos o que interessa é que se a estrela tiver uma massa suficientemente grande, i.e. da ordem de algumas massas solares, a força gravitacional é tão intensa, que nada(!) pode deter o colapso. Como conseqüência, o colapso não acaba enquanto toda a matéria da estrela não se concentrar num volume infinitamente pequeno. Esta região de densidade praticamente infinita é denominada singularidade. Suficientemente próximo da singularidade, o campo gravitacional é tão intenso que até mesmo o espaço e o tempo perdem o significado; neste sentido estas singularidades podem e devem ser consideradas verdadeiros abismos espaço-temporais.
Como que ``vestindo'' tais singularidades, elas estão sempre envoltas por uma fronteira denominada horizonte de eventos. Trata-se de uma superfície imaginária, no sentido que não é material, que separa a região interna da externa do buraco negro. Como no inferno de Dante, tudo que nele adentra é incapaz de retornar. Tal característica levou o eminente físico americano John A. Wheeler a denominá-lo buraco negro.
Em resumo, um buraco negro é a região de puro vácuo interno ao horizonte de eventos que envolve a singularidade. Estrelas algumas vezes maiores que o sol que, ao consumir seu combustível nuclear, derem origem a um buraco negro teriam um horizonte de eventos com um raio de alguns quilómetros. Mas como veremos a seguir devem haver buracos negros muito, muito maiores. Isso porque segundo a teoria da Relatividade Geral, os buracos negros seriam estruturas indestrutíveis e canibalizariam toda forma de matéria que passasse por suas imediações, tornando-se com isso cada vez maiores. "

IMPORTANTE: O fato dos buracos negros serem formados de pura gravitação torna sua estrutura muitíssimo simples; são completamente caracterizados por sua massa, rotação e carga elétrica. Todas as suas demais propriedades podem ser calculadas a partir destas três características.


Agora já estamos em condições para que eu reproduza um interessante esclarecimento do Observatório Astronômico da UFMG, que sei inicia com uma esprituosa observação de um mestre:

"Buraco Negro é uma "coisa"que de negro tem tudo, mas de buraco não tem nada.

Prof. Renato Las Casas (13/12/99)


Buraco Negro é uma região do espaço onde o campo gravitacional é tão forte que nada sai dessa região, nem a luz; daí vermos negro naquela região. Matéria (massa) é que "produz" campo gravitacional a sua volta. Um campo gravitacional forte o suficiente para impedir que a luz escape pode ser produzido, teoricamente, por grandes quantidades de matéria ou matéria em altíssimas densidades.

Velocidade de Escape

Se atirarmos uma pedra para cima ela "sobe" e depois "desce", certo? Errado! Se atirarmos um corpo qualquer para cima com uma velocidade "muito" grande, esse corpo "sobe" e se livra do campo gravitacional da Terra, não mais "retornando" ao nosso planeta. A velocidade mínima para isso acontecer é chamada de velocidade de escape. A velocidade de escape na superfície da Terra é 40.320 Km/h. Na superfície da Lua, onde a gravidade é mais fraca, é 8.568 Km/h, e na superfície gasosa do gigantesco Júpiter é 214.200 Km/h. A velocidade da luz é aproximadamente 1.080.000.000 Km/h. Um buraco negro é um corpo que produz um campo gravitacional forte o suficiente para ter velocidade de escape superior à velocidade da luz. A massa do Sol (0,2 X 10³¹Kg) é 333 mil vezes a massa da Terra e seu diâmetro (1,4 milhões de quilômetros) é mais de 100 vezes o diâmetro da Terra. Ele se transformaria em um buraco negro caso se contraísse a um diâmetro menor que 6 Km.

Detecção

Uma vez que nada sai de um buraco negro, nada de um buraco negro chega até nós. Resta-nos então observá-lo indiretamente, através de sua ação sobre sua vizinhança. "Vemos" um buraco negro observando "coisas" que o rodeiam sob a ação do seu campo gravitacional ou então que "caem" em sua direção, também sob a ação desse mesmo campo gravitacional. A velocidade com que a matéria, a uma determinada distância de um corpo, o orbita, é proporcional à gravidade desse corpo. Mesmo sem vermos o corpo central podemos saber qual a sua massa se virmos e medirmos a velocidade de nuvens de gás e poeira que o orbitam, por exemplo. Uma outra situação: se sob a ação da gravidade do corpo central, matéria "cai" em direção a ele, esse material enquanto vai "caindo" vai se comprimindo; por se comprimir vai se esquentando, e quanto mais quente fica, mais irradia... Também nesse caso, se medimos essa radiação, obtemos informações sobre o corpo central.
Buracos Negros Super Massivos
Em 1994, astrônomos que trabalhavam com o Telescópio Espacial Hubble, não apenas obtiveram fortes indícios da presença de um buraco negro no centro de uma galáxia espiral, como também mediram a sua massa. Através de um efeito bem conhecido da física (Efeito Doppler) foi possível medir a velocidade de gás e poeira girando em torno do centro da galáxia M87. Pelo desvio das linhas espectrais da radiação emitida por esse material, chegou-se à conclusão que ele gira em torno do núcleo de M87 com uma velocidade muito grande. Para manter esse material com uma velocidade tão grande é preciso uma massa central também muito grande. Uma quantidade tão grande de massa no volume interno à órbita do material que o circula só pode ser um buraco negro. A massa deste buraco negro foi estimada em 3 bilhões de massas solares.
Posteriormente foram obtidos indícios de outros buracos negros no centro de outras galáxias. A tabela abaixo nos apresenta 17 galáxias que atualmente suspeitamos possuírem buracos negros supermassivos em seus centros. Também é apresentada a massa estimada desses buracos negros.

Hoje acreditamos ser possível que toda grande galáxia tenha um buraco negro, de massa equivalente a milhões ou bilhões de estrelas, em seu centro. Esses buracos negros podem ter se formado no universo primitivo, a partir de gigantescas nuvens de gás ou então depois das galáxias já formadas, a partir do "colápso" de imensos aglomerados estelares.
Buracos Negros Estelares
Antes da fantástica descoberta acima descrita a procura por buracos negros no universo se concentrava principalmente na possível detecção de objetos muito compactos com massa algumas poucas vezes maior que a massa do Sol e que estariam espalhados nas galáxias. Desde 1939 acreditamos que, em seu processo evolutivo, uma estrela de massa maior que 3,2 vezes a massa do Sol, quando acaba o seu combustível, pode "desabar sob seu próprio peso". Essa estrela pode se contrair tanto que dê origem a um campo gravitacional forte o suficiente para impedir que a luz escape de suas proximidades. Um buraco negro! Se um buraco negro desses estiver envolto por uma nuvem de gás e poeira ou se tiver uma estrela por companheira, pode ser que tenhamos matéria dessa nuvem ou dessa estrela "caindo" no buraco negro e então irradiando (principalmente na frequência de raio X). Um número considerável de estrelas da nossa galáxia forma sistemas duplos. É possível então que tenhamos vários buracos negros cabíveis de serem detectados através dessa radiação. Cygnus X-1 é uma "fonte de raios X", companheira de uma estrela de massa aproximadamente 30 vezes a do Sol (HDE 226868) e é um dos mais fortes candidatos a buraco negro conhecido.

Uma Nova Classe de Buracos Negros

Em abril passado astrônomos da NASA e da Carnegie Mellon University comunicaram haver obtido, separadamente, evidências da existência de buracos negros de massas variando entre 100 e 10.000 massas solares, nos centros de algumas galáxias. Os astrônomos da NASA obtiveram tal evidência estudando raios X emitidos por 39 galáxias próximas à nossa. NGC 4945, uma galáxia espiral muito parecida com a Via Láctea (nossa galáxia), é uma dessas. Os astrônomos da Carnegie Mellon University chegaram à mesma evidência estudando raios X provenientes de M82. Têm sido elaboradas teorias procurando entender a origem dessses buracos negros "meio pesados".

Mini Buracos Negros?

Vale a pena lembrar que muitos astrônomos e físicos acreditam na existência de mini buracos negros que teriam sua origem nos primórdios do universo. Alguns procuram explicar a explosão que ocorreu sobre o rio Tunguska na Sibéria em 1908 e destruiu mais de 2.150 quilômetros quadrados de densa floresta, à colisão de um desses mini buracos negros com a Terra"

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

A PARTÍCULA DE DEUS

"Quem disse que o espaço era a fronteira final não conhecia a capacidade do ser humano de ir mais além, que o homem tenta entender e explicar tudo, e que por isso não podemos especificar nossos limites.
Cientistas podem ter descoberto a "partícula de Deus"

São Paulo - A notícia recebeu grande destaque no Times de Londres do último dia 2, foi publicada com grandes títulos na imprensa norte-americana, inclusive no New York Times, e mereceu a primeira página no Los Angeles Times do domingo, 5 de novembro. Não é para menos: se os fatos forem confirmados oficialmente, estará sendo aberto um mundo totalmente novo para a física, abrindo horizontes jamais imaginados, nem mesmo depois da Teoria da Relatividade.
A notícia foi dada inicialmente pelo "Times" londrino, que a publicou na quinta-feira, 2, com o título: "A Semana Passada Mudou Tudo". Durante mais de 20 anos, os cientistas de todo o mundo estiveram procurando por uma partícula invisível que determina as propriedades básicas da matéria.
Conhecida como bóson Higgs, acredita-se que ela seja uma parte vibratória do vácuo invisível que permeia todo o Universo.Físicos do famoso Centro de Estudos e Pesquisas Nucleares (CERN) de Genebra, Suíça, anunciaram há poucos dias terem localizado os primeiros sinais de existência do bóson Higgs. As evidências, segundo eles, ainda não são conclusivas, entretanto a descoberta é considerada crítica para a física - não só por encerrar um capítulo da ciência, mas também por abrir uma portapara uma realidade completamente desconhecida pela Humanidade.
"Existe um mundo totalmente novo lá fora".
"O bóson Higgs não é apenas uma partícula", disse o físico John March-Russell, do CERN. "Sua descoberta indica que existe um mundo totalmente novo lá fora". Assim que os físicos conseguirem entender como ele atua no universo, eles serão capazes de responder a uma pergunta fundamental para a qual os antigos pensadores jamais ousaram tentar encontrar uma resposta: por que a matéria tem massa?
A descoberta de Genebra deve ser confirmada como uma das maiores conquistas da ciência em todos os tempos. O vácuo estrutura tudo o que existe no Cosmos e mantém a matéria sob sua influência. E o bóson Higgs -visto hoje mais como um campo que como uma partícula - é parte fundamental desse imenso "nada".
Ele é como a água para os peixes, um ingrediente fundamental para o Universo. Tão fundamental que alguns físicos o chamam de "Partícula de Deus".
Indícios desse bóson foram detectados, segundo a equipe de cientistas do CERN, no interior do acelerador de partículas de 30 km conhecido por LEP, durante um processo de colisão de partículas a altas velocidades. No começo de outubro, algumas trilhas, sugerindo a possível presença do bóson, deixaram excitados os físicos do CERN. Mas elas apareciam e desapareciam. No início do mês, entretanto, as evidências acumuladas foram suficientes para convencer os físicos.
Ainda há muitos céticos na comunidade científica, em relação à anunciada descoberta. Entretanto, se realmente o bóson Higgs tiver sido descoberto, seu estudo poderá mostrar que o Universo é um lugar totalmente diferente do que se pensava até agora.
Blocos do universo
Bósons são apenas um tipo entre as quase inimagináveis pequenas partículas atômicas que, de acordo com a Física Teórica, são os blocos primordiais do Universo. Geralmente descritos como uma espécie de substância gelatinosa, os bósons Higgs alteram as propriedades da matéria que viaja através deles. O que implica na existência da massa. Até pouco tempo atrás, a massa era considerada uma propriedade tão básica da matéria que os cientistas sequer ousavam perguntar de onde ela vinha - existia, e pronto.
A influência invisível dos bósons afetam o modo como as coisas se movem. Na verdade, dizem os físicos, a própria observação de que as coisas têm massa confirma que os bósons de Higgs existem. O problema, existente pelo menos até agora, era detectar sua presença em aceleradores de partículas e estudar suas propriedades. Para esse estudo, será necessário esperar a construção doacelerador maior e mais aprimorado, o LHD (Large Hadron Collider). Só com ele será possível observar melhor as "Partículas de Deus" e vislumbrar, como dizem os físicos, "coisas incríveis num universo jamais imaginado". Para quem já esperou tantos séculos, não custa esperar mais uns poucos anos."

HELENA BLAVATSKY...

O astrônomo francês, Bailly no final do século 18, aludiu a um livro (de posse dos indianos) "proveniente" do planeta Vênus. Jacques Bergier pensava que haviam outras referências a este livro, bem anteriores. Em todo o caso, quem batizou o livro misterioso foi Louis Jacolliot - AS ESTÂNCIAS DE DZYAN - (meados do século 19).Este livro está intrinsecamente ligado ao nome de uma mulher extraordinária: Helena Petrovna Blavastsky. Ela nasceu na Rússia, aos 30 de julho de 1831, um ano repleto de calamidades. No seu batizado, a casula do padre pegou fogo e pessoas se feriram, na correria. Aos cinco anos, la Blavatsky hipnotizava os seus amiguinhos. Aos 15 anos, seus dons de clarividência começaram a aflorar e conseguia descobrir o paradeiro de criminosos procurados pela polícia. Seus pais, mais do que depressa, casaram-na, mas ela fugiu e embarcou para Odessa e de lá chegou ao Egito.No Cairo, Helena conheceu um mágico de origem copta, um grande letrato muçulmano, com quem passou a viver... e a aprender. Este homem foi quem, pela primeira vez, falou-lhe sobre um livro misterioso, guardado a sete chaves, num mosteiro tibetano - As Estâncias de Dzyan -.Ele narrou-lhe o conteúdo do livro: segredos de outros planetas e uma história de centenas de milhões de anos.Do Cairo, Helena Blavatsky dirigiu-se a Paris e viveu às expensas do seu pai. Depois, mudou-se para Londres e de lá, para os Estados Unidos, onde contatou os mórmons e estudou vudu. Passados uns anos, retornou a Londres para encontrar-se com um certo Kout Houmi Lal Singh. Hipóteses descabidas foram engendradas, para se situar: quem era esse homem. Na sua grande maioria, pensava-se que era um espião ou um revolucionário ligado às lutas pela Independência da Índia. Mas havia uma outra explicação: ele seria a projeção de forças mentais provenientes dos adeptos que viviam na Ásia, ou seja: a Grande Irmandade Branca do Oriente, uma elite de sábios. Entretanto, levando-se em conta o racionalismo ocidental, ninguém sabe, até hoje, quem foi K. H. (outros, que encaram as coisas sob um outro prisma, chefiados pelo grande pintor russo Nicholas Roerich, sabem, com certeza, quem foi K. H. - Jornal Infinito).As cartas relativas à correspondência de Blavatsky com K. H. em parte, foram publicadas. Falavam sobre o perigo da energia atômica e da necessidade de se guardarem alguns segredos. Há CEM anos. Louis Jacolliot aproveitou-se do tema e escreveu um livro - "Os devoradores de Fogo - a conversão total da matéria em energia"!!! Estas cartas tornaram em ERUDITA, uma Helena Blavatsky vulgar que adorava romances baratos. "As cartas a tornaram na pessoa mais bem informada do século 19, no que concerne às ciências".Seus livros provam: "A Doutrina Secreta, Isis sem Véu, O Simbolismo Arcaico das Religiões", assinados por ela, já uma estupenda "expert" em ligüística (foi a primeira a estudar a semântica do sânscrito arcaico) e mulher de elevada cultura. Até a física nuclear foi abordada por Blavatsky. - "Passando por todos os conhecimentos de sua época, da nossa e por algumas ciências ainda não inventadas". J. Bergier. Helena Blavatsly atribuía toda esta mudança às Estâncias de Dzyan lidas através da clarividência, mais tarde, ela recebeu o livro presenteado por indianos: A Irmandade de K. H.? Ninguém sabe, até hoje, como conseguiu aprender o dificílimo sânscrito.E, 1852, Mme. Blavatsky voltou à Índia e depois rumou para Nova York. Em 1885 viaja à Calcutá e tenta o Tibet onde foi recusada a sua entrada. Os "Homens de Negro" começaram a pedir-lhe o Livro Maldito - As estâncias de Dzyan - se não restituísse o livro às suas origens, seria vitimada por infelicidades. De fato, adoeceu em 1860, mas mesmo doente, perambulou pela Europa como se fosse perseguida.Em 1870, voltando ao Oriente a bordo de um navio, ao atravessarem o Canal de Suez, o navio, que acabava de ser inaugurado, explodiu. Ela se salvou, miraculosamente, mas os seus companheiros de viagem foram reduzidos à uma poeira tão fininha que não se acharam os seus cadáveres. Segundo Jacques Bergier, as descrições feitas na época, lembram mais uma explosão atômica do que qualquer outra coisa!!!Em Londres, marcada uma entrevista, Helena Blavatsky é alvejada por um louco. O homem declarou depois, que fora teleguiado ... Lee Harvey Oswald, Shirhan Shihan e Charles Manson... lembrem-se de que ninguém deu importância, quando Lee Oswald declarou que "estava lendo Helena Blavatsky"... Com a tentativa de assassinato, Blavatsky, assustada, marcou uma entrevista onde apresentaria - As Estâncias de Dzyan - mas o livro desapareceu do cofre forte onde ela o trancou, moderno na época e pertencente à um grande hotel. Mme. Blavatsky sente a pressão de uma Sociedade Secreta poderosa, sobre ela. É quando se encontra com o seu futuro companheiro e defensor, Henry Steel Olcott, quem se apaixonou à primeira vista por ela. Fundaram um "clube de milagres", depois de uma sociedade que ela desejava batizar como Sociedade Egiptológica e, finalmente, a SOCIEADE TEOSÓFICA - 08/09/1875.Olcott e Balvatsky, depois de algum tempo, seguem para o Oriente, para um encontro com a Grande Irmandade Branca. Esta missão foi seriamente encarada pelo Presidente dos Estados Unidos - Rutherford Hayes - quem lhe forneceu passaportes especiais e ordens de MISSÃO assinadas.Foram recebidos na Índia pelo Pandit Schiamji Krishna Varma e outros inciados - 16/02/1879.Vários contratempos se sucederam, o pior deles: a Índia os declarou espiões e as ameaças antigas votaram a ser feitas, no caso de falarem sobre As Estâncias de Dzyan. Blavatsly já possuía, novamente, o livro, mas escrito desta vez em uma linguagem desconhecida, chamada SENZAR. Blavatsky fez a tradução para o inglês e Jacques Bergier leu este livro na "Biblioteca do Congresso em Washington" - "É muito curioso e mereceria ser estudado". - Jacques Bergier.Os Homens de Negro revidaram, na pena do Dr. Hodgson: as críticas as mais destrutivas e ignominiosas foram feitas à Helena Blavatsly. Ela jamais se recuperou deste ataque infame. Entrou em depressão. Outros tentaram salva-la, em vão, com E. S. Dutt, quem demoliu a crítica criminosa de Hodgson.O complô dos Homens de Negro, após a morte de Helena Blavatsly foi reconhecido e sabido os porquês da sua inglória campanha. A conspiração fora orquestrada pelos serviços de polícia do vice-rei e pelos missionários protestantes na Índia, os mais importantes deste complô.- "No plano da guerra psicológica, a operação montada contra Madame Blavatsky é uma obra prima". - Jacques Bergier.A grandiosidade de Helena BlavatslyGrandes vultos das ciências e da história se disseram influenciados por esta extraordinária mulher. Um deles: Mohandas Karamchand Gandhi, "reconheceu ter encontrado o seu caminho, a consciência nacional, e que graças a ela ele libertara, finalmente, a Índia".Foi um discípulo de Helena Blavatsky quem administrou a Gandhi o SOMA, nos seus momentos mais difíceis. Jacques Bergier imputa a este fato o assassinato do grande líder. (a Sociedade Teosófica tem a sua sede em MADRAS - Índia). Gandhi foi vítima de um fanático teleguiado, precursor de Lee Oswald e de outros.A Sociedade TeosóficaEsta sociedade desempenhou um papel decisivo na libertação da Índia. Entretanto, não conseguiu salvar a sua fundadora anteriormente. Jacques Bergier monologa sobre qual seria o PODER destrutivo que agiu nas sombras e deixa reticências: "Não conheço nada sobre a sociedade hermética de San Diego"... que publicou as Estâncias de Dzyan para Helena Blavatsly.Um dos maiores inimigos da Blavatsly foi obrigado a reconhecer os dons genuínos dela e de que a Grande Irmandade não era um mito. O russo V.S. Solovyoff - Mensageiros da Rússia-.Hotel Vitória - Eberfeld/Alemanha"De repente acordei. Fui despertado por um hálito quente. Ao meu lado, na obscuridade, uma figura humana de talhe alto, vestida de branco se erguia. Ouvi uma voz, não saberia dizer em que língua, ordenando-me a acender uma vela. Uma vez acesa, vi que eram duas horas da manhã e que um homem vivo se encontrava do meu lado. Esse homem parecia exatamente o retrato do Mahatma Morya que eu já vira. Falou-me numa língua estranha, mas, no entanto, eu o compreendia. Disse-me que eu tinha grandes poderes pessoais e que meu dever era emprega-los. Depois desapareceu. Reapareceu logo, sorrindo, e na mesma língua desconhecida, mas inteligível, disse: "Esteja certo, não sou uma alucinação e você não está a ponto de perder a razão". Depois desapareceu novamente. Eram 3 horas e a porta continuava fechada a chave".Se os inimigos eram assim agraciados, o que dizer do que ela própria recebeu? Um crítico inglês, William Emmett Coleman, calculou que a Blavatsky, só para escrever o "Isis sem Véu", precisaria ter estudado 1400 livros por ela desconhecidos.A inimizade de Solovyoff devia-se a sentir-se, silenciosamente, criticado por Helena Balvatsly, mas chegou a acompanha-la e ao seu grupo, quando aconteceu o fato narrado acima.

SONS, PENSAMENTOS E MAGIA: O VERBO

Não podemos conceber a linguagem, em sua gênese, dissociada do som, e ainda mais além o pensamento chega verdadeiramente a "enxergar" o som. Tudo isso permeado pela magia da criação nos leva a um verdadeiro sentido de Verbo:

"A magia rompeu aurora muito antes da escrita. Pensamento e linguagem são totalmente permeados por magia; até mesmo o psicanalista Jacques Lacan (1901-1980) admitiu isso. O homem pré-histórico percebia em seu mundo uma fusão incompreensível de fenômenos sonoros atrelados às suas imagens; ele "via" sons no correr do regato, no balançar das árvores, no andar dos bichos, no ribombar das tempestades, nos golpes de luta, no rolar das pedras, entidades essas que estavam tão vivas quanto ele próprio. A partir desse universo acústico uma série de símbolos sonoros pôde ser criada na tentativa de reproduzir os eventos naturais, o que fez surgir a linguagem. A antropologia e a semiótica esclarecem: os nomes dados às coisas pelos homens pré-históricos revelavam-nas "em si"; declaravam seu verdadeiro som, seu modo de ser, conforme a natureza era percebida.Por meio da linguagem pôde o homem diferenciar-se do meio; ao nomear as coisas tornou real sua inserção no mundo, passando a explorá-lo, a partir da porta da caverna, cada vez com mais amplos horizontes. A formação de conceitos simbólicos é sempre um ato criativo em sua concepção.A linguagem, paradoxalmente, tanto expressa a consciência humana como dá conta de seus limites, já que sabemos existir experiências transcendentais que, a despeito do avanço das ciências, permanecem inatingíveis pela simples razão. Para o homem pré-histórico, dado seu estado natural de ignorância lógica, tudo na verdade tinha esse caráter mágico inefável. Conforme aprendia a criar símbolos, melhor dava conta de suas necessidades. E deflagrou-se aí o estopim revolucionário do pensamento humano, a conferir a toda humanidade uma identidade comum, lançando as bases das civilizações.O que salta à vista é que desde que o primeiro rasgo de pensamento se desprendeu da fonte de inconsciência de si mesmo em que estava imerso, o que em termos bíblicos corresponde à expulsão de Adão e Eva do Paraíso, uma fenda atemporal foi aberta pela espada flamejante do arcanjo Miguel, que escoltou o casal até a saída, e nela se prendeu o elo primordial da magia. "Onde mesmo se prendeu a magia?", pergunta-se o leitor reflexivo, "na fenda do tempo, na espada do Arcanjo ou na saída do Éden?" E como não o sabemos precisar, apenas brincamos com as palavras, vemos que o elo original está preso à nossa própria capacidade de reflexão, ampliada pelo universo lúdico e criador da linguagem. Quero dizer com isso que o Verbo da Criação é mágico em sua natureza; mais que isso, Ele é divino.A mente mágica que trazemos, herdeira legítima do estado de pureza original, é algo notável; essencialmente feita à semelhança do Criador, reproduz o ato criativo pela magia da palavra. Por meio de símbolos sonoros que se transformam em linguagem, idéias podem ser expressas. Estas, sugerem imagens primordiais, as quais, uma vez desenhadas, plantam a semente da escrita, que se desenvolverá sob os mais diversos aspectos gráficos nas diferentes culturas.Há um axioma mágico: No raio de sua ação, o Verbo cria. Muitos se detiveram a explicá-lo, dentre eles o abade francês Alphonse-Louis Constant (1816-1875), cujo nome iniciático é Eliphas Levi, mago cabalista que se destacou na história do ocultismo, com quem ando fazendo as pazes ultimamente, depois de muito criticar seus livros por conta da soberba do positivismo de que estão eivados. Levi legou-nos mais de 200 livros sobre as ciências ocultas, sendo História da Magia e Dogma e Ritual da Alta Magia os mais conhecidos. Neste último, discorre em várias partes sobre o poder do verbo. "Denomina-se verbo aquilo que exprime o ente e a ação", diz ele, e "o verbo é a verdade da vida, que se prova pelo movimento."Dentre os quatro Evangelhos, o de João é o único a retomar o tema em seu prólogo: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus", e nos revela que "O Verbo era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem". Eliphas Levi viu no Fiat Lux divino a ordem para que o homem abrisse os olhos, para que vislumbrasse a Grande Consciência por meio de sua inteligência, esta última miticamente representada por Lúcifer, cujo nome provém do latim lux, "luz"; e phoros, "o que carrega"; a indicar o seu papel de anjo Portador da Luz, equivalente bíblico do Prometeu clássico.Posso dizer que a partir do instante primordial em que tomamos consciência de nós mesmos, feito pequenas estrelas desprendidas do sol, passamos a brilhar a luz divina, reflexos que somos dela própria, e a expressamos continuamente por nosso verbo e pensamento, conservando a magia do Deus criador, ao mesmo tempo que exercemos o arbítrio, severo castigo que nos foi imposto pela ousadia de ver Deus."

A MAGIA DO SOM

"Ninguém pode se furtar à crença no poder mágico das palavras. (...) A confiança ante a linguagem é a atitude espontânea e original do homem: as coisas são seu nome. A fé no poder das palavras é uma reminiscência de nossas crenças mais antigas: a natureza está animada; cada objeto possui uma vida própria; as palavras, que são os duplos do mundo objetivo, são também animadas. (...) Algumas palavras se atraem, outras se repelem, e todas se correspondem. A fala é um conjunto de seres vivos, movidos por ritmos semelhantes aos que regem os astros e as plantas."





Assunto que sempre me fascinou e que paulatinamente vou dissecar, postando aqui e ali assuntos relacionados ao poder VIBRATÓRIO do som, entre eles a voz humana. Relaciono o tema à palavra VERBO dos escritos bíblicos e também á perspectiva que lhe deram os hindus.

Para começar, o seguinte texto é bastante ilustrativo e discorre sobre os MANTRAS:

"
Mantras
Sem descartar a ciência os compreende. Na era nuclear e física quântica devem ser compreendidos como princípios fonéticos vibratórios. Podemos entender que no "sem começo" a energia cósmica encontrava-se em repouso e equilíbrio, o nada era então o estado não manifesto, atemporal. Então, no akâsha, no "éter dinâmico", explodiu a vibração de origem. "No principio era... ": O Verbo, para São João; o big-bang para os físicos; o damaru, o tambor de Shiva, para o tântrico. E ao momento que engendrou o espaço-tempo valoroso à Einstein, o verbo, o som original – cujo eco vibrará no universo até a dissolução final, o mahapralâya – se diversificará num infinito derramar de seres e formas, pois, como a matéria é energia e vice-versa, tudo, universo ou grão de areia, é um campo de forças em perpétuo estado vibratório. Um indício do poder dos mantras acha-se na antiga teoria musical dos gregos; ou seja, se a nota-chave de qualquer corpo particular ou substância for conhecida, por meio de seu uso o corpo particular ou substância pode ser desintegrado. Cientificamente, todo o problema pode ser entendido pela compreensão da lei da vibração. Cada organismo apresenta sua própria freqüência vibratória, e devido à essa própria freqüência vibratória, cada organismo responde à um mantra pessoal e à uma entonação particular, e o mesmo ocorre com todo objeto inanimado, desde o grão de areia até a montanha e mesmo todo planeta ou Sol. Quando essa freqüência de vibração é conhecida, o organismo ou forma, através do uso oculto da mesma, pode ser desintegrado. Devido a isso os mantras são zelosamente guardados. Se a mente não estiver purificada, o indivíduo pode conduzir o mantra ao seu aspecto negativo, típico dos adeptos da magia negra que utilizam-no para saciar sua saga de poder e domínio sobre mundo o qual se firma, conseqüentemente atraindo para si os efeitos correspondentes de tal adharma. A pronunciação correta da mantra de uma divindade, segundo o ocultismo, depende tanto da pureza corporal quanto do conhecimento de sua devida entonação, de acordo com os mais árduos estudiosos um AUM não é igual a um AOM. Por conseguinte, é necessário para o devoto primeiro purificar, por meio de mantras purificadoras, a boca, a língua e depois a própria mantra, por um processo chamado de dar vida a ou despertar o poder adormecido da mantra. A habilidade oculta para usar apropriadamente uma mantra confere, segundo os conceitos, poderes sobrenaturais denominados Siddhi, e estes podem ser utilizados de acordo com o caráter do adepto tanto para bons atos como para o mal devido a isso as verdadeiras escolas de mistérios da alta magia branca impõem suas provações. Os mantras são sons sagrados que ajudam a entrar em estado de meditação. Dotados de grande força energética, eles também nos ajudam a realizar nossos desejos. Para que funcionem bem, convém praticá-los com regularidade, desde que estejamos dignos e aptos para isto - diariamente, ou pelo menos em dias alternados. Um mantra deve ser repetido 8 ou 108 vezes, porem à casos em que um mantra repetido por inúmeras vezes, ou acima de sete vezes, perde seu poder e em outros casos só devem ser utilizados em perigo iminente, pois não devemos utilizar o nome de Deus em vão. A pronúncia correta é muito importante para que ele se mostre eficaz, pois os mantras estão em idioma sânscrito, a língua sagrada dos hindus. Assim, onde aparece a letra h, repita como se fosse rr. Salvo alguns casos em que representa j exalada. Voltando-nos ao seu aspecto científico, ao elevarmo-nos na árvore evolutiva a linguagem animal torna-se complexa. Os répteis limitam-se a grunhidos e silvos, enquanto a complexidade e riqueza do canto dos pássaros, apesar de toda sua beleza, preenchem funções básicas de galanteio e ameaça, ao contrário da alegria que conceitua-se ser um atributo do sistema límbico mamífero. Este fato está elaborado além da arquitetura vocal dos répteis através de um desenvolvimento em escalada complexa atingindo um engrandecimento nos órgãos de ecolocalização do morcego, golfinho e baleia. Tornou-se provável que os animais se comunicam através da respectiva voz, porém a faixa de expressão se demonstra extremamente limitada. Os chimpanzés possuem cordas vocais que foram consideradas capazes da emissão de sons humanos, porém em tentativas de instilar a fala humana criando chimpanzés recém-nascidos na companhia de familiares humanos obteve como resultante uma expressão marginalmente coerente de um vocabulário demasiadamente limitado pela falta de uma equipagem necessária para a emissão da voz humana. O mesmo se vale no caso dos gorilas e orangotangos, enquanto um exame cuidadoso nos crânios de neandertalenses fossilizados levou ao conceito de que mesmo os hominídeos eram destituídos de todas as capacidades vocais menos as mais rudimentares. A resultante desses estudos tornou-se óbvia: Apenas o reino humano detém o poder da fala suficiente para dar voz à atividade tumultuada do córtex. Sem isso não haveria necessidade de falarmos, os centros da fala localizam-se na profundeza do crescimento cortical recente. O não partilhamento do homem de Neanderthal conosco deste cérebro anterior ausentaria o desenvolvimento cerebral necessário, quer as cordas vocais estivessem desenvolvidas suficientemente ou não. Isso torna-se evidente inclusive no desenvolvimento do ser humano jovem, no qual o crescimento das regiões cerebrais aumenta devido a idade atingindo seu clímax na maturidade com o fechamento das suturas do cérebro, sinal arqueológico que revela estarmos lidando com um adulto, ao mesmo tempo que se inicia a compreensão da linguagem, o pleno desenvolvimento do sistema vocal e o despertar das funções superiores do cérebro. Desta forma, a chave da humanidade se encontra na linguagem e não somente na fala; a linguagem humana abrange a articulação em potencialidade de todas as funções cerebrais a partir da necessidade básica de sobrevivência programada para entrar no chassi neural, passando pelo vocabulário limitado da agressão, hierarquia e ritual do passado reptiliano e pela propagação emocional do sistema límbico dos mamíferos pelos domínios superiores do córtex, enunciando o pensamento simbólico e criativo. O elo existente entre pensamento e linguagem torna-se interessantíssimo pelo fato de apercebermo-nos pensando com palavras, de modo que podemos conceituar que os dois são sinônimos. Porém na atualidade a opinião da psicologia é que na realidade a linguagem e o pensamento são sistemas simbólicos diferentes não se encontrando necessariamente relacionados entre si embora podendo serem utilizados em conjunto devido ao fato de que muitos complexos pensamentos se tornam difíceis de articular em um fluxo linear de palavras, sabendo-se que muitos conceitos matemáticos, como os que implicam o espaço tridimensional são mais compreensíveis quando expressos em equações matemáticas do que expressos em palavras. Desta forma inúmeros processos de pensamento não necessitam ser codificados lingüisticamente em exemplo das capacidades motoras. A capacidade musical contida além da força das palavras torna-se também um forte argumento para independência desses sistemas. Apesar disso torna-se em geral mais fácil expressar as idéias pela voz do que pela escrita, que de fato, veio muito após a fala, como ocorre com as crianças. A pesquisa demonstra que a lembrança é facilitada ao se ouvir do que ao ver, e, a isso é denominada memória ecóica consistente em impressões muito mais longas do que a memória visual, como foi descrito em vários compêndios de psicologia cognitiva. Dessa forma torna-se possível aprender uma quantidade enorme de prosa ou poesia sem entender absolutamente nada, bastando reportar-nos à sociedades primitivas complexas como a dos celtas e dos incas, que eram totalmente analfabetas confinando toda a escrita à memória, tendo atingido níveis de organização social elevados e, a despeito da ausência da escrita, uma vasta riqueza de conteúdo literário e religioso. Inúmeras sociedades semelhantes utilizavam amplamente o ídolo em suas respectivas religiões, muito embora algumas fossem excessivamente sanguinárias e ritualistas, podendo ser auto-realizante adentrarmos no estudo de existir um elo entre esses dois fatores até o momento não relacionados. Podemos observar dessa forma que a linguagem acompanha o enorme desenvolvimento do córtex humano e a linguagem é uma das atividades mais ricas da mente humana, de maneira que tem de servir à exprimir uma parcela tão grande da atividade humana. Embora no momento o esperanto não tenha ainda se tornado o dialeto universal, representando nossas milhares de línguas apenas uma fração mínima dos que existiram há mil anos, pois seu numero tende a diminuir à medida que agrupamentos políticos e sociais crescentes absorvem as línguas marginais e das minorias e as guerras devido à diferenças ideológicas também expressas pela linguagem eliminam os adeptos das mesmas. Porém nosso interesse não repousa no interessante motivo da existência de um número tão grande de línguas, ou a filogenia e evolução das linguagens, mas sim nos aspectos básicos da linguagem, tanto na produção como na percepção, devido à nossa busca estar focalizada entre estes aspectos–chave. O estudo lingüístico é um atrativo à muitas disciplinas de acordo com suas prioridades. Os neurobiologistas preocupam-se com a produção da linguagem, os lingüistas interessam-se pelo conteúdo e os filósofos pelos significados exatos, sempre alheios ao contexto biológico. Os psicolinguistas visam relacionar as línguas ao comportamento que possuem implicações biológicas óbvias. Atrás dessas disciplinas acadêmicas o uso bem-feito da linguagem possui uma importância vital em qualquer profissão que possua algum conteúdo oratório, exemplificando-se no campo teológico e legislativo, além dos casos artísticos. Atividades estas que exigem habilidade verbal, simbólica e lingüística; habilidades que são funções de análise e de organização que pertencem principalmente ao lado esquerdo do cérebro. Isso realça o fato de que, para existir, o que implica em ser utilizável e comunicável em qualquer nível, qualquer língua necessita de uma estrutura rígida e um conjunto de regras hierárquico que todos os usuários possam obedecer e seguir na esperança de que os outros também o façam. Pela lingüística a linguagem possui uma estrutura quase atômica podendo ser dividida em componentes menores. Exemplificando, ao tomarmos uma sentença podemos dividi-la em orações que por sua vez se subdividem em sujeito, objetos, verbo e grupos complementares de advérbios, adjetivos, preposições, pronomes e assim por diante, se adentramos na abordagem da analise gramatical. Concluído isto adentramos à uma árvore genealógica da lógica e dos componentes da frase, e os componentes atômicos dessa dissecção são as palavras. No caso da filosofia e da filogenia satisfazemo-nos em parar a dissecção neste ponto concentrando-nos a atenção no significado e derivação das palavras individuais, porém os lingüistas não abandonam as palavras desse modo, pois possuem um interesse básico em focalizar a maneira pela qual as palavras se juntam nas frases e orações, implicando em um estudo de sintaxe ou gramática e de semântica ou significado, ambos expressos tanto na estrutura superficial como no significado subjacente a uma frase, o que não necessariamente possam possuir o mesmo significado como sabem as pessoas minuciosas. O aspecto do estudo lingüística mais intrigante de uma língua é a capacidade que se percebe que os indivíduos possuem de enunciar frases muito elaboradas sem refletir nem preparar nada de antemão, assim como compreender o significado de uma torrente de palavras sem esforços conscientes. Isso nos conduz a crer que o uso das regras da língua está embutido em nós, como nos demonstram os estudos feitos no centro da fala existente no cérebro. Os psicolingüistas estão interessados em adentrar na fase seguinte, que é subatômica, indo mais além do que os lingüistas. Nessa fase as palavras são divididas em fonemas, a menor unidade individual, correspondendo aproximadamente às letras do alfabeto pronunciadas em uma palavra, paralelamente com o estudo da produção e percepção das mesmas. A fonética, o isolamento de fonemas individuais dentro da palavra, é uma ramificação natural desse estudo, outra disciplina, a "pausologia" está correligada ao papel das pausas que existem entre as palavras e com a modulação dada quando se fala. Neste resumo deste campo da psicolinguística encontramos um paradoxo que nos conduz à outra fase mais adiantada da descoberta do significado verdadeiro da língua. Se podemos dividir a produção da fala em unidades fonémicas pequenas que estão em correspondência com o efeito da laringe sobre o ar que é expelido dos pulmões, nos demonstrando que a percepção da linguagem depende de unidades de significado, isto é, do sintagma, grupos de fonemas ligados por pausas e reunidos em silabas inteligíveis; cada grupo em geral contém sete sílabas. O "Número Mágico 7" ocorre em estudos de memória de curto prazo, descrevendo a dificuldade de reter mais unidades de informação em relação ao nosso período de atenção aos quais parece que nossos padrões de linguagem estão relacionados, com os impulsos fonémicos e silábicos e com limites das pausas de espera. Outros campos de pesquisa atuam sobre o conceito de segmentação de esquemas da fala, porém as duas abordagens coincidem quanto ao significado dos limites das pausas na produção e percepção da fala. Torna-se o maior inconveniente desta pesquisa ter sido conduzida em dois extremos de um contínuo, o estudo exaustivo e teórico da produção e percepção de cada fonema individualmente e o estudo dos verdadeiros esquemas de fala e conversação. O que parece ninguém ter considerado pela ciência, porém de grande relevância é a dinâmica dos fonemas, do sintagma e da articulação da expressão ritual, em cujos comentários identificamos vários aspectos da expressão ritual de grandioso significado, falamos do uso da linguagem arcana, em que nas orações e rituais os parâmetros sintáticos e semânticos não estão acoplados, e falamos da repetição das cadências religiosas como auxiliar da concentração, demonstrados na enunciação dos mantras e da sublimação de esquemas da fala na música, tanto cantada como instrumental, como fator central no gestalt do culto. Isto tudo adquire um significado supremo ao esclarecimento do conhecimento atual da produção e percepção da fala, agora revelados como efeitos de amplificação que fornecem sinais acústicos para a imagem de modo a que esta se acople com a rede interna. Desta forma podemos colocar-nos em posição de prever que um estudo minucioso da relação intercultural dessa expressão ritual pode revelar padrões de ativação insuspeitados cuja força não possui paralelos, pois o fornecimento de sinais acústicos para a rede neural humana provoca um estímulo forte ao qual o cérebro tem de responder ao mesmo tempo que se estabelece uma onda de pressão que vai acionar a força do ídolo. Isso implica de que essa expressão ritual aciona uma reação do cérebro, talvez por um acoplamento de taxas de pulsação de uma descarga nervosa e da produção de fonemas, sugerindo a possibilidade de ser libertado um sinergismo devastador, um sinergismo do qual o cérebro participa em todos os níveis, partindo do ritual, passando pela satisfação e chegando à cerebração mais refinada. Em um outro aspecto do poder do som está a Meloterapia reportando-nos que cada som emite uma certa cor e assume uma forma definida, assim como qualquer forma é possuidora de um som associado desta forma tudo que existe, da molécula ao homem, do planeta ao sistema solar possui sua nota-chave, sendo que, as somatórias dessas notas compõem a música das esferas, assim sendo, tudo pulsa mediante um ritmo definido, inclusive o próprio universo, do mesmo modo que os órgãos do ser humano emitem suas notas e em conjunto perfazem a nota vital fundamental do homem. Há sete centros correspondentes aos sete chakras e à música heptatonal, sendo que a música contribui para o seu desenvolvimento gradual capacitando-os ao desenvolvimento de seus poderes. O valor terapêutico da música foi reconhecido desde a tempos remotos. Paracelso, prescrevia certas composições no intuito de sanar moléstias."

BREVE COMENTÁRIO:

Creio veementemente que o poder da voz, quando são reproduzidas as vibrações corretas, é capaz de influenciar no estado energético. Ora, todos sabemos que os átomos não estão imóveis, mas em constante VIBRAÇÃO. Assim, a matéria, apesar de ainda não ter se convertido em energia, nem por isso, repito, está inerte, mas VIBRANDO. O poder do som, em determinada escala vibratória, todos sabem, é capaz de quebrar cristais e mesmo já se sabe do poder do ultra-som. Brevemente vou explorar o assuntodo ponto de vista bélico. Como no caso das muralhas de Jericó.

Até breve!

domingo, 20 de janeiro de 2008

MAGNETISMO

Outro importante texto que aqui reproduzo. Este tema também é fascinante, me lembra muito do conceito de SINCRONICIDADE de Jung...


ENERGIAS SUTIS

O Poder do Magnetismo

O universo coloca à nossa disposição forças magnéticas inesgotáveis, que não são apenas físicas, mas também espirituais e emocionais, por exemplo. Cabe a nós, porém, aprender a captá-las e usá-las de forma correta.

Por Carlos Cardoso Aveline


Foi na província de Magnésia, na Grécia clássica, que se começou a falar de fenômenos magnéticos – e desde então não se parou mais. Ali, 600 anos antes da era cristã, as pessoas perceberam que certas pedras tinham a misteriosa propriedade de atrair metais. Batizadas de magnetitas, as pedras magnéticas transformaram-se em atração em todo o mundo antigo. Certos sábios consideravam que elas tinham poderes curativos e efeitos milagrosos.
É claro que, desde então, o conceito de magnetismo mudou radicalmente. Já não se trata apenas de um efeito de atração limitado, produzido por pedras feitas de óxidos de ferro e que constituem ímãs naturais. Sabe-se hoje que o magnetismo é um fenômeno literalmente onipresente: está atuante no espaço diminuto de cada átomo do universo, mas rege ao mesmo tempo o funcionamento de vastas galáxias. No mundo especificamente humano, há um magnetismo sutil que influencia as emoções e os pensamentos, e tem relação direta até com as nossas motivações mais secretas.
Sem dúvida, é magnética a força dos elétrons que giram em torno do núcleo de cada átomo. Além disso, toda luz é uma onda eletromagnética, e isso significa que, se não houvesse magnetismo, os sóis e estrelas da nossa galáxia se apagariam. A própria Terra é um grande circuito magnético e faz parte de conexões magnéticas ainda maiores. Em nosso planeta, animais como as pombas, as lagostas e as tartarugas marinhas têm a habilidade de entrar em contato com o campo magnético terrestre e de orientar-se por esse meio em suas longas viagens. Helena Blavatsky escreveu no século 19:
“A Terra é um corpo magnético. De fato, muitos cientistas constataram que ela é um enorme ímã, como Paracelso afirmou há cerca de 300 anos. A Terra está carregada com uma espécie de eletricidade – chamemo-la positiva – que ela produz continuamente por uma ação espontânea em seu interior ou centro de movimento. Os corpos humanos, assim como todas as outras formas de matéria, estão carregados com a forma oposta de eletricidade – negativa.”(1)
Naturalmente, nem todo magnetismo é físico. A realidade tem muitos níveis diferentes de sutileza e densidade, e há tipos de magnetismo para cada um deles. Há um magnetismo vital, por exemplo, e quando ele está concentrado temos boa saúde, mas quando o desperdiçamos ficamos vulneráveis.
Há um magnetismo emocional, e por isso certas pessoas exercem atração tão poderosa sobre outras. Há um magnetismo mental, e nesse plano as pessoas são inspiradas por idéias, ou lançam pensamentos cujo poder magnético atrai milhões.
O magnetismo próprio do plano espiritual, por sua vez, é o mais sutil e também o mais durável. Os grandes líderes religiosos e filosóficos têm sido capazes de imantar e magnetizar corações e mentes durante milênios, armados apenas com a energia mágica do seu ensinamento.
O processo do magnetismo está ligado a um certo alinhamento das energias sutis. A ciência convencional ensina que as substâncias ferromagnéticas, isto é, sensíveis à ação de um ímã, têm diferentes grupos de átomos, chamados domínios. Dentro de cada domínio, os pólos dos átomos apontam para o mesmo lado, mas, normalmente, os diferentes domínios apontam para diferentes lados. Desse modo, suas forças magnéticas anulam umas às outras, e o objeto de ferro ou níquel que eles compõem não tem poder magnético. Porém, quando o objeto é colocado em contato com um ímã, os diferentes domínios ou grupos de átomos passam a apontar todos para a mesma direção – e, graças a esse alinhamento, o objeto todo adquire propriedades magnéticas. O sistema vital e emocional de uma pessoa funciona de modo semelhante.
O cidadão que não tem uma vontade forte alimenta desejos que apontam para lados e objetivos diferentes e contraditórios entre si. Assim, seus desejos anulam uns aos outros. O resultado disso é uma pessoa sem rumo certo, cuja dispersão magnética provoca uma perda de energia vital. Mas o cidadão magnético tem seus diferentes domínios – que reúnem os átomos físicos, emocionais e mentais, para manter a nossa imagem simbólica – apontando na mesma direção. Por isso ele tem o poder de atrair para si, com força proporcional, certos fatos e situações.
O cosmo coloca à disposição de todos uma energia inesgotável, mas nem sempre sabemos captá-la. O caminho magnético correto consiste em desejar coisas coerentes e adequadas, aceitando com humildade as dificuldades e os desafios. Conforme nossa atitude diante da vida, nosso poder magnético aumentará ou se reduzirá. Quando respiramos ar puro e mantemos contato com a luz do Sol, por exemplo, aumentamos nosso magnetismo vital. A respiração curta e apressada é antimagnética, mas a respiração profunda aumenta a força pessoal. Exercícios diários de respiração, feitos ao ar livre, recarregam o organismo com prana, a força vital do cosmo. Caminhar pela natureza sem preocupações expande a vitalidade. Os exercícios físicos moderados oxigenam o corpo todo e são magnetizantes. As pessoas naturalmente magnéticas alimentam-se corretamente, nunca comem em excesso, trabalham com gosto e dedicação e agem com calma.
O magnetismo emocional aumenta quando as pessoas mantêm sentimentos elevados, evitam discórdia e praticam o desapego. A boa vontade com todos é uma prática eficaz. Se alguém manifesta inveja e procura desprezar o seu trabalho, a pessoa magnética deixa clara a sua independência em relação a esses jogos mentais, mas não produz rancor dentro de si. Quando conhecemos nosso valor, sabemos inspirar respeito sem necessidade de agredir, e reconhecemos o que há de bom nos outros. Viva e deixe viver – eis um lema que faz bem à saúde magnética de todo ser humano.
No plano mental, as pessoas magnéticas concentram-se serena e profundamente no que é importante para que alcancem suas metas. Elas têm a capacidade de olhar para cada aspecto da vida de diferentes pontos de vista. É saudável escolher temas filosóficos como objeto de estudo e leitura. Naturalmente, uma pessoa magnética evita discussões mesquinhas porque sabe que idéias e opiniões fixas são fontes de perda energética. Sua mente está naturalmente colocada a serviço do bem através de ações construtivas. Ela tem um pensamento ágil, capaz de revisar constantemente suas premissas. "

BREVE COMENTÁRIO: Bi-polaridade, magnetismo, que coisas FANTÁSTICAS. Não teríamos domesticado a eletricidade nem revolucionado as comunicações sem o conhecimento profundo do MAGNETISMO.

Obrigado, Meu Deus, por nos permitir usufruir dessas maravilhas da Ciência...