quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

AVICENA, UM ILUMINADO: MÉDICO DE ALMAS

É impressionante a trajetória deste ser humano, cuja herança é de fundamental importância para o Pensamento Universal. Fico imaginando esse camarada com um computador na mão...



AVICENA


Abu Ali al-Hussayn ibn Abd-Allah ibn Sina, em persa
ابوعلى سينا/پورسينا e árabe ابن سينا, (Bucara, 980Hamadã, 1037) foi um filósofo e médico persa conhecido no Ocidente como Avicena.

Sua cultura foi enciclopédica. Suas obras sobre medicina ainda eram reimpressas no século XVII. Além de gramática, geometria, física, jurisprudência e teologia, estudou profundamente a filosofia platônica e aristotélica. Uma das suas principais descobertas foi a Capilaridade, sendo que a teoria desenvolvida por ele possibilitou a movimentação de fluidos sem a necessidade de impulsão mecânica, facilitando a hidráulica e trazendo benefícios perceptíveis até hoje (a destilação de substâncias químicas, por exemplo).
A produção de comentários sobre a filosofia grega se manteve, em Bizâncio, durante séculos, o que garantiu a preservação de grande parte da obra de Aristóteles. De lá, a tradição aristotélica passou ao mundo árabe, onde floresceu mesclada ao neoplatonismo - retornando, posteriormente, à Europa.
Avicena foi maior filósofo islâmico do período. Elaborou um vasto sistema filosófico, continuando a tradição aristotélico-platônica de Alkindi e Al-Farabi, este último o mais antigo e conhecido entre os filósofos islâmicos do século X.
Pressupondo a unidade da filosofia, Avicena procurou conciliar as doutrinas de Platão e Aristóteles. Utilizou-se, das idéias aristotélicas para provar a existência de Deus, alegando que, Nele, existência e essência são iguais: Deus é igual à sua essência e fonte do ser de outras coisas.
Avicena considerava o universo formado por três ordens: o mundo terrestre, o mundo celeste e Deus. Do mundo terrestre, a inteligência, através de uma intuição mística, estabelece contato com o mundo celeste. Deus, além de ser ato puro e o Primeiro Motor (como no pensamento de Aristóteles), representa o Ser necessário, cuja essência se equipara à sua própria existência e que constitui a base de todas as possibilidades.
Sua influência no Oriente não foi duradoura devido à oposição dos teólogos ortodoxos. No Ocidente, contudo, Avicena foi decisivo para a difusão do pensamento de Aristóteles nos séculos XII e XIII, tendo influenciado filósofos posteriores, como Duns Escoto, Alberto Magno e Tomás de Aquino, que nutriam grande admiração por ele.

BIOGRAFIA COMPLETA:

"Como ocorre com outros personagens preeminentes da história, querer restringir Avicena apenas a uma faceta de filósofo seria injusto. Ele era médico, filósofo, matemático, astrólogo, alquimista, poeta, músico, físico, astrônomo, político e místico. Sua ânsia de saber não tinha limites.

Por isso, a palavra que melhor o define é, tal como lhe chamavam seus contemporâneos,
al-Shaij al-Rais (o primeiro dos sábios).

Avicena nasceu em Afshana (fronteira com o Afeganistão), perto do Distrito de Jarmaitan, onde seu pai chegou a ser prefeito da Aldeia; ele era filho de Abdallah, funcionário originário da cidade de Balja, e de Sitora, filha de um humilde camponês de Afshana. Ao nascer, sua família mudou-se para Bujara, segundo a biografia deixada escrita por seu mais fiel discípulo, Abu Obaid Yuzyani.
Em Bujara, passou sua infância demonstrando suas excepcionais e precoces aptidões intelectuais. Aos dez anos, recitava o Alcorão, entre outros textos. Aos dezesseis anos, já ensinava medicina e atendia aos enfermos; além disso, discutia com renomados professores de lógica, física, geometria, cálculo e jurisprudência, superando-os em muito.
Passava todo o dia e grande parte da noite estudando fervorosamente cada uma das ciências e cada uma das partes da filosofia. Analisava com detalhes as bases de cada problema ou questão e não desistia em seu empenho até que a solução estivesse indiscutível. Nem o sono ou a fadiga conseguiam quebrar sua firme vontade de estudar. Se alguma dificuldade chegava até ele como um muro inquebrantável, ele ia até a Mesquita e ali orava ao Criador para que facilitasse seu trabalho. Em seguida, regressava à casa e voltava com mais força à tarefa que o estava incomodando e, no cansaço, dormia, e nos seus sonhos vinha precisamente a solução desejada ao seu problema.
Naquele tempo, sua fama de médico foi tal que chegou aos ouvidos de uma autoridade de Bujara, Nuh ibn Mansur. Numa ocasião em que este se achava doente e seus médicos não conseguiam curá-lo, chamaram Avicena, que finalmente o conseguiu. Foi assim que ele entrou em contato com as autoridades locais e estas lhe permitiram ter acesso a uma fabulosa biblioteca que era conhecida como o “Santuário da Sabedoria”. Sua ânsia de saber, sua prodigiosa memória, sua perseverança e suas qualidades habilmente trabalhadas dia a dia, permitiram à Avicena tirar um proveito enorme do caudal de conhecimentos contidos naqueles volumes.
Conta Yuzyani que aos dezenove anos estava Avicena tão familiarizado com a medicina, a jurisprudência, a filosofia, a lógica, a física, a matemática, a astronomia, a música e a outras disciplinas, que não se encontrava ninguém que pudesse igualar-se a ele.
Avicena deixou escrito na biografia que ditou a seu fiel discípulo Yuzyani, que daquela época data tudo que sabia sobre lógica, física e matemática, de tal maneira que, ao longo de sua vida, limitou-se somente a explicar e desenvolver os conhecimentos adquiridos com este hábito de estudo. Até então, seu conhecimento devia-se à memória, mas posteriormente seu espírito se fez mais maduro. Apesar disso, seu saber era o mesmo. Havia ganhado em consciência, não em conhecimentos.
Verdadeiramente a memória de Avicena era algo surpreendente. Quando foi queimada a monumental biblioteca de Bujara as pessoas se consolavam dizendo: “O Santuário da Sabedoria não pereceu; transferiu-se para o cérebro de Al-Shaij al-Rais”.
É lógico compreender que Avicena não passou desapercebido entre as pessoas do seu tempo. Ele era comparado com o poeta Firdusi e com o astrólogo al-Farabi (pai da filosofia muçulmana), de quem o consideravam sucessor. O certo é que Avicena marcou uma época de ouro dentro da cultura do Islã.
Nasceu no século IV da Égira, tempo da emigração muçulmana, época de grande riqueza que se reflete em suas obras. Podemos observar a busca de conhecimentos e o afã por compreender a natureza e o homem que permanece como exemplo da vida intelectual do seu tempo. O “Kalam”, escola de interpretação do Alcorão, constituía-se como ciência, encabeçada por Ashari. Por sua vez, a mística abria novos caminhos para a união com Deus, deixando para trás a fase do ascetismo. Se durante os séculos II e III da emigração dos muçulmanos eles se ocuparam em traduzir e assimilar as ciências estrangeiras (fundamentalmente textos gregos), foi no século seguinte que floresceu sua filosofia, uma forma própria de entender o mundo.
Dentre todos os filósofos muçulmanos, Avicena destaca-se por sua profundidade e amplitude. É o “filósofo do Islã” por antonomásia.
Tinha Avicena 21 anos quando escreveu sua primeira obra. Tratava-se de uma enciclopédia científica que abarcava todas as ciências (exceto a matemática) intitulada Madmu (compêndio).
A fama de escritor de Avicena começou a se espalhar pelas proximidades; vivia ali um famoso filósofo e asceta chamado Abu-Bakr al-Baraqui, que lhe pediu que escrevesse para ele duas obras. Assim, surgiu uma obra científica intitulada “Al-hasil wa’lmahsul”, O sentido e a essência, de quase vinte fascículos, e o livro “Albirr wa’lism”, O bem e o mal.
Disse Yuzyani que al-Baraqui conservava estes dois livros em sua casa como o mais apreciado tesouro e nem sequer os emprestava a alguém para copiá-los.
Avicena abandonou Bujara quando morreu seu pai e, em vista da precária situação política provocada pelo poderoso sultão Mahmud de Ghazna, mudou-se para Gorgandsh, capital de Juarezm (atual Turkmenistão).
O primeiro ministro de Juarezm, Abul Hosain al-Sohaili, era um apaixonado pelas ciências. O emir Alí ibn Maamun havia reunido em sua corte um grupo de sábios, entre eles o célebre al-Biruni, Abu Jeir el Jammar. Avicena apresentou-se ao Emir vestido como um jurisconsulto: um chale (tailasan) e um turbante enrolado na cabeça. Deram-lhe um salário mensal, e foi assim que entrou para o serviço do Emir de Juarezm.
Por causa da rivalidade entre os príncipes, Avicena teve que abandonar a hospitalidade do emir de Gorgandsh em pouco tempo, quando o sultão Mahmud de Ghazna exigiu que fossem transferidos para a sua corte todos os homens de ciência reunidos na cidade de Gorgandsh. O Emir Alí ibn Maamum teve que submeter-se ao desejo de seu poderoso vizinho, e Avicena, acompanhado por Abu Sahl, o cristão, iria para Gorgan (ao sudeste do mar Cáspio).
Tem início, então, para Avicena, uma circunavegação de cidade em cidade, passando por um sem-fim de aventuras e calamidades até encontrar um lugar onde ensinar e desenvolver seu ministério. Chega aos confins de Jorasán, atravessa o deserto de Karakum, passando por Nissa, Baverd, Tus, Chaqan, Samangan e Yuryan, até chegar a Gorgan.
No caminho, morre seu companheiro Abu Sahl, o cristão. Toda essa odisséia tem como objetivo apresentar-se diante do Emir Qabus ibn Vaschmgir; mas acontece que, durante esse tempo, morreu o Emir na fortaleza onde havia sido detido e encarcerado. Ademais, os contratempos sucedem-se; na marcha para Dihistán, cai gravemente enfermo, devendo regressar de novo a Gorgan.
Em Gorgan, conhece quem vai ser até a sua morte o seu mais fiel discípulo e biógrafo: Abu-Obaid Allah Yuzyani. Avicena tinha então 32 anos.
Durante dois anos dedica-se a ler e escrever. Termina uma obra intitulada “Al Mabdaa Wal-Moad” (O princípio e o repetido) e inicia uma de suas principais obras: “Al-Qanum” (O Preceito de Medicina). Essa obra consagrou Avicena como médico junto aos maiores doutores de todos os tempos. Não é em vão que lembramos dele como o “príncipe da medicina”. Em uma gravação da época, ele está representado sentado em um trono e coroado junto a Hipócrates e Galeno.
O Preceito de Medicina de Avicena é, como indica sua etimologia, uma regra ou compêndio. Não é considerado como uma enciclopédia, mas uma síntese do saber médico herdado pelo Islã, desde a medicina grega, através da escola de Jundishapur, assim como a medicina ayurvédica (baseada na naturopatia e na homeopatia) que ibn Duhn e Mankah transmitiram do sistema tradicional da Índia, no período da dinastia de califas árabes, até as obras de al-Tabari e seu sucessor al-Razi, ou mesmo o formulário de al-Kindi, passando por ibn Kalbah, que havia estudado na escola nestoriana e o judeu persa Masarjawaih, que traduziu a versão árabe das “Pandectas” de Ahrón.
Um dos traços mais notáveis desta obra é a amplitude e universalidade com que foi concebida. Por isso, não é de se estranhar que, após tradução para o latim pelo italiano Gerardo de Cremona, um século depois de sua aparição, tenha adquirido tanta popularidade que, nos últimos trinta anos do século XV, tenha sido editada dezesseis vezes e mais de vinte no século XVI. Até metade do século XVII, era consultada regularmente pelos universitários de todo o mundo e seguiu sendo fonte de estudo nas principais universidades da Europa.
Tendo que abandonar a cidade de Gorgan, Avicena seguiu para Rayy, ao sudoeste de Teerã (Irã), capital do emir Magdodawlah, a quem curou de uma enfermidade.
Em 1014 (ano 450 da emigração muçulmana) estabeleceu-se em Hamadán. Avicena era, naquela época, um médico famoso e foi chamado para atender o Emir de Hamadán, Shamsodawlah. Aqui começa sua etapa política: o Emir dá-lhe o título de primeiro ministro. Pela primeira vez, Avicena tem a oportunidade de transformar seu ideal filosófico em um ideal político e passará da teoria à prática.
Como ocorreu com Platão e Confúcio, tenta aplicar seus conhecimentos ao serviço público em benefício da comunidade com um claro fim pedagógico.
Avicena transmite, tanto na medicina como na política, um único fim: “fazer que os homens sejam melhores e mais felizes, aplicando normas estabelecidas de justiça e direito”.
Evidentemente, seu trabalho lhe traz muitos inimigos. Como ele mesmo deixou escrito em uma de suas obras: “Se não houvesse deixado sinal algum no coração dos homens, não teriam se ocupado comigo. Não estariam nem a favor nem contra mim.”
Cai em desgraça ante os olhos do Emir por causa de um motim que tramam contra ele os oficiais do exército. Eles pedem sua cabeça e Avicena é encarcerado; mas escapa e esconde-se durante quarenta dias até que finalmente prova sua inocência e recobra seu posto de Grão-vizir; durante seis anos, leva uma vida mais ou menos estável, que aproveita para realizar sua monumental obra: “Kitab al-Shifa” (O livro das curas).
O título desta obra explica sua intenção humanista e filosófica, porque se o Preceito estava destinado à cura do corpo, Al-Shifa pretende curar a alma, para que os homens sejam moralmente fortes e nobres.
Al-Shifa foi a primeira enciclopédia do saber na Europa. É a obra de recompilação e investigação mais ambiciosa de quantas haviam sido escritas até aquele momento.
Despertava antes da alvorada para redigir sua obra a um ritmo de quase cinqüenta páginas diárias e recebia seus discípulos ao amanhecer para instruí-los antes de conduzi-los para a oração. Por causa das muitas viagens que tinha que realizar, demorou dez anos para terminar sua obra. Há que se destacar que grande parte dos fatos foram contados de memória, sem consultar livro algum.
A obra consta de quatro partes: lógica, física, matemática e metafísica. Nela estão expostas idéias de Platão, Aristóteles, Plotino, Zenón e Crisipo, entre outros, unificadas pelo estilo próprio do autor. A intenção de Avicena era expor em um livro o fruto das ciências dos antigos, dos filósofos clássicos. Não era um simples comentário de Aristóteles, e sim um compêndio da sabedoria que havia perdurado até então. Como definiu recentemente um dos comentaristas de sua obra, Al-Shifa é “o universo em um livro”.
Devido à vasta extensão (dezoito volumes) desta enciclopédica obra, escreveu posteriormente “Al-Nayat” (a Salvação), que é um resumo do “Shifa”.
Através destas obras e de muitas outras, Avicena expressou sua filosofia, fruto de uma parte do pensamento dos clássicos neoplatônicos, assim como da influência de seu antecessor al-Farabi e sua assimilação pessoal da filosofia.
Há que se destacar o papel fundamental da obra de al-Farabi em Avicena, como intermediário entre o pensamento de Aristóteles e o Islã. De alguma maneira, a obra de al-Farabi parece-nos como a primeira etapa de um caminho destinado a ser completado e levado adiante por Avicena.
Foi daí que seus difamadores o consideraram como um filósofo pouco inovador, como um compilador. Acusaram a sua filosofia de falta de originalidade e de ser uma repetição da obra de al-Farabi. Mas ele não pretendia uma filosofia que fosse nova ou velha: seu pensamento refletia a sabedoria atemporal resgatada para o mundo muçulmano.
Entretanto, esta não foi a crítica mais importante que recebeu Avicena. Os teólogos islâmicos mais dogmáticos, como Fajr al-Din Razi e alguns filósofos religiosos como al-Gazali (Algacel), definiam sua obra como de heresia e ateísmo.
Na realidade, na obra de Avicena existe uma perfeita síntese entre mística e filosofia, que é comum à tradição esotérica. Depois de encontrar-se com o místico Abu Said Abu Jevi, o sábio disse: “Tudo o que ele vê, eu sei”. Querendo ilustrar o pensamento de Avicena, Abu Said lhe contestou: “Tudo o que Abu Ali sabe, eu vejo”.
Em 1021 (ano 412 da emigração muçulmana), morre seu mecenas, o Emir Shamsodawlah, e uma vez mais as intrigas políticas agitam a vida do grande filósofo. Temeroso da grandeza de Avicena e movido pela inveja, o filho do Emir falecido nega-se a reconhecer no sábio suas funções de vizir. Furioso, Avicena abandona a corte e esconde-se na casa de um amigo. Desde então, começa um contato por correspondência com o Emir vizinho de Ispahán, Alaodawlah, prevendo sua saída do país.
Infelizmente, o novo emir de Hamadán, Samaodawlah, intercepta uma carta secreta de Avicena. Imediatamente, o sábio é detido e encarcerado na prisão junto com o seu discípulo Yuzyani. Durante quatro meses, Avicena permanece preso na fortaleza de Fardayán. Durante esse tempo escreve vários relatos e ensaios científicos: "Havy ibn Yakzán” (O filho vivo do desperto); “Al-Hidaya” (A conduzida) e fórmulas de remédios para as enfermidades cardíacas.
Por causa de uma guerra entre os dois emires de Hamadán e Ispahán, sai vencedor este último e Avicena é libertado, embora seja obrigado a viver em Hamadán. Como existiam muitos inimigos seus naquele lugar, em 1023 (415 da emigração muçulmana), foge com seu discípulo para Ispahán.
Nesta cidade, passou Avicena as últimas etapas de uma tumultuosa vida errante, sob a proteção do Emir Alaodawlah. A partir de então, só ficava na presença do sábio quem assombrava o Emir por sua sensibilidade, elegância e inteligência. Avicena escreveu para ele uma obra persa intitulada O livro da Ciência. Dedicou-se ao estudo da astronomia e completou, aos cinqüenta anos, o “Shifa”, além de escrever uma obra chamada A língua dos árabes.
Prejudicada sua saúde pelas viagens, privações e a vida inquieta, Avicena morreu no deserto a caminho de Hamadán durante uma campanha bélica. Era o primeiro sábado do mês de Ramadán do ano 428 da emigração muçulmana, agosto de 1037, aos cinqüenta e sete anos.
Conta a tradição que, sabendo-se gravemente enfermo, devolveu a liberdade a seus serviçais e repartiu todos os seus bens com os pobres.
Em seus cinqüenta e sete anos de vida, desenvolveu uma imensa obra literária e filosófica. São atribuídos a ele quatrocentos e cinqüenta e seis livros em árabe e vinte e três em persa. Destes, apenas cento e sessenta chegaram até nós. De alguns, desconhecemos o conteúdo e de outros, apenas temos as referências de autores que comentam a sua obra, como O pássaro e o Tratado do amor.
Também escreveu muitas poesias, criando inclusive um gênero novo com estrofes persas de quatro versos de inspiração filosófica. Neste gênero o astrônomo e matemático persa Omar Khayyam considerava-se discípulo de Avicena."

FONTE: Alberto Granero

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