terça-feira, 15 de janeiro de 2008

NOSSA NOÇÃO DE REALIDADE NÃO É MERAMENTE SENSITIVA

"What is real? How do you define real?If you’re talking about your senses, what you feel, taste,smell, or see, then all you’re talking about are electricalsignals interpreted by your brain."
Morpheus, the Matrix.

O que é real? Como você define real?Se você estiver falando sobre seus sentidos, sobre o que você sente, degusta, cheira, ou visualiza, então você está falando sobre sinais elétricos interpretados por seu cérebro.
Morpheus, em "The Matrix".

O argumento não me convence, pois é limitado. Nosso viver não se limita a um mero processamento de informações elétricas. Não somos meros processadores de dados.Ainda prefiro ficar com o clássico "Cogito, ergo suum", ou seja, "Penso, logo existo."

O tema é fascinante. A relatividade em si, como a concebeu Einstein, do ponto de vista físico, é fascinante. A noção de dimensões. A realidade representada sob a ótica de modelos matemáticos complexos é fascinante. Nos levou da idade da pedra à era do átomo. O ser humano CRIA a sua realidade, não apenas se adapta a ela, sujeitando-se aos seus limites. Não nos deixamos encarcerar nos limites de nosso corpo físico. Pensamos. Sonhamos! Fazemos até poesia! Sim, a noção de arte é característica exclusiva do espírito humano e revela o que ele tem de mais belo: O PODER de plasmar de maneira estética as idéias intangíveis ao mundo sensível. A criatividade, a imaginação, a fé em algo além do que conhecemos, nos liberta da escravidão da carne , sangue e ossos que apenas nos dão forma e mobilidade. O pensamento humano transcende tais limitações meramente sensoriais, permitindo que sejamos, realmente, criaturas formadas à imagem e semelhança de nosso Criador maior, herdeiros dessa imensa responsabilidade de sermos HUMANOS, gerentes da Criação

Não quero parecer místico, pois confesso que a ficção científica sempre me atraiu. O gênio de seres humanos privilegiados como Benjamim Franklin, Leonardo da Vinci, Júlio Verne, Albert Einstein, sempre me fascinou. E sempre me provou que há muito ainda a ser concebido, descoberto, desvelado, imaginado, sonhado, e criado. A Ciência e a Tecnologia, dirigida preferencialmente para fins pacíficos, ainda nos surpreenderá e a nossos filhos e netos, porque uma vez dado início, o processo não tem mais fim. E aparadas as arestas entre os seres humanos, nos unirá e irmanará em torno de um princípio: o bem comum.

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